Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL CONTRA FEBRE AMARELA NO BRASIL NO PERÍODO DE 2014 A 2023: UM ESTUDO SOBRE AS METAS DO PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI).
Introdução
A Febre Amarela é uma doença infecciosa viral grave causada pela picada do mosquito Haemagogus (ciclo silvestre) e Aedes Aegypti (ciclo urbano), o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya. As pessoas infectadas podem apresentar poucos ou até mesmo nenhum sinal ou sintoma até quadros graves que podem levar a óbito. A vacinação desempenha um papel crucial na geração de imunidade, contribuindo significativamente para o controle e eliminação do risco de adoecimento ou de manifestações graves. O Brasil, através do Programa Nacional de Imunizações (PNI), busca controlar doenças imunopreveníveis. No entanto, apesar do sucesso reconhecido do programa, a adesão à vacinação continua sendo um desafio. O presente estudo objetivou a cobertura vacinal contra a febre amarela no âmbito do PNI, no período de 2014 a 2023.
Material e Método
Estudo ecológico, com dados provenientes do TABNET, disponíveis no Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS). Foram elencadas as variáveis: 'Cobertura vacinal', 'Ano', 'Imunobiológico' (Febre Amarela) e 'Região de Residência' (Brasil). Os dados foram apresentados por meio de estatística descritiva e analisados com o auxílio do programa Microsoft Excel.
Resultados
Entre 2014 e 2017, a cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil não superou 50% da meta estabelecida pelo PNI, que é de 90%. Nos anos subsequentes, de 2018 a 2023, a cobertura vacinal continuou abaixo da meta nacional. No entanto, observou-se uma tendência de aumento progressivo na cobertura vacinal entre 2020 e 2023, com os seguintes valores: 57,64%, 58,19%, 60,67% e 69,88%, respectivamente. Esses resultados indicam uma ineficácia na cobertura vacinal contra a febre amarela em todo o período estudado. A baixa adesão à vacinação sugere que as recomendações do PNI ainda não estão sendo adequadamente seguidas, resultando em uma maior vulnerabilidade da população.
Discussão e Conclusões
O estudo revelou uma tendência preocupante na cobertura vacinal contra a febre amarela no Brasil. Apesar de uma recuperação parcial nos anos recentes, o cenário geral ainda aponta para desafios significativos. Portanto, é imperativo desenvolver e aplicar estratégias específicas para melhorar a adesão ao calendário vacinal, intensificando ações para enfrentar as barreiras identificadas, proteger a saúde pública e reduzir a morbimortalidade associada à febre amarela.
Palavras Chave
Imunização; febre amarela; cobertura vacinal
Área
Imunizações
Instituições
Faculdade de Medicina de Olinda - Pernambuco - Brasil
Autores
GISLAINE SIMÕES PORTELA, SARAH MARIA Lucena Teles CRUZ, João Pedro BRUNO SANTOS, JOYCE Frutuoso Monteiro Lippo TURMINA, Nelcicléa VASCONCELOS GOMES SILVA, Beatrizs BERNARDO RAMOS LUCAS, Luiza PITOMBEIRA CAMPELO LIRA, Maria Geovanna LEITE RODRIGUES