Dados do Trabalho


Título

SITUAÇAO EPIDEMIOLOGICA DOS EVENTOS SUPOSTAMENTE ATRIBUIVEIS A VACINAÇAO OU IMUNIZAÇAO (ESAVI) EM UMA REGIAO DA BAHIA, NO PERIODO DE 2015 A 2020.

Introdução

É essencial que os imunobiológicos sejam utilizados de acordo com suas indicações e orientações em bula, o que previne a ocorrência de erros de imunização (EI), a ausência do efeito esperado e os eventos adversos graves. Dessa forma, a identificação dos Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI) permite a correta condução dos casos e a consequente manutenção da credibilidade do Programa Nacional de imunizações (PNI). Nesse sentido, busca-se analisar os ESAVIs notificados em residentes dos municípios da Base Regional de Saúde (BRS) de Feira de Santana/NRS Centro Leste-Bahia, entre 2015 e 2020.

Material e Método

Estudo epidemiológico ecológico, descritivo do tipo série temporal, a partir dos casos notificados no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações de Eventos Adversos Pós-Vacinação (Si-EAPV). Após análise, dos 1.824 casos notificados, foram excluídos aqueles com investigação incompleta, totalizando assim, 906 casos. Foram analisados: ano de notificação, sexo e idade dos pacientes, imunobiológico, tipo de evento, sinais/sintomas notificados e evolução dos casos. A tabulação dos dados ocorreu no Excel®. Foram calculadas frequências relativas e a taxa de incidência (TI)/100 mil doses aplicadas (5.196.256 doses administradas no período).

Resultados

Dos 906 casos analisados, 58,2% ocorreram em mulheres e a TI foi 17,44/100.000 doses aplicadas. Embora 68,0% dos ESAVIs tenham sido não graves, os EI totalizaram 24,8% das notificações. O ano com mais notificações foi 2018 (TI: 29,49), superando inclusive, a TI de todo o período. O imunobiológico mais associado às notificações foi a pentavalente (30,8%) e faixa etária mais atingida foi a de menores de 01 ano (37,7%). Os sintomas mais frequentes foram: reações no local de aplicação (57,1%; TI: 9,95), erros de imunização (22,1%; TI: 3,85); febre/calafrio (15,5%; TI: 2,62) e náusea/vômito (7,7%; TI: 1,35). A maioria (73,2%) dos casos evoluiu para cura sem sequelas (03 óbitos).

Discussão e Conclusões

A maior ocorrência de casos em menores de 1 ano pode estar associada ao sistema imunológico ainda imaturo e à maior quantidade de vacinas preconizadas nessa idade (Doninini et al., 2022). Resultados semelhantes a esse trabalho foram verificados em relação a maior ocorrência de casos associados à vacina pentavalente (Silva; Santos, 2022) e de reações locais (BATISTA et al., 2021). Diante do exposto, acredita-se que os benefícios da vacinação superam os riscos, já que a maioria dos ESAVIs não foi grave e evoluiu para cura sem sequelas.

Palavras Chave

ESAVI; Imunobiológicos; reações adversas; erros de imunização

Área

Imunizações

Instituições

SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DA BAHIA - Bahia - Brasil

Autores

MARIA DO CARMO CAMPOS DOS SANTOS LIMA, TAISA OLIVEIRA SANTOS COELHO, ANA PAULA SILVA SANTOS, GEIZIANE GOMES DE ALMEIDA OLIVEIRA, ANA CAROLINE CERQUEIRA RIBEIRO, ANADIR REGINA PACHECO GONÇALVES, ADRIANA SENA DO VALE SANTOS, MARIA DA CONCEIÇÃO SAMPAIO RIOS