Dados do Trabalho


Título

CONDIÇAO VACINAL DE COMUNIDADES RIBEIRINHAS DO RIO TAPAJOS ATENDIDAS PELA IV EXPEDIÇAO DO BARCO DA SAUDE

Introdução

A imunização é uma das intervenções mais eficazes em saúde pública, atuando na prevenção de doenças e na redução da mortalidade infantil. No Pará as cidades ribeirinhas enfrentam desafios únicos relacionados ao acesso aos serviços de saúde e programas de vacinação devido a suas particularidades sociodemográficas. Estas regiões isoladas e com infraestrutura limitada, apresentam desafios frente a saúde infantil através da manutenção correta da cobertura vacinal das crianças. Diante desse fato, este trabalho teve como objetivo identificar a condição vacinal da população pediátrica atendida pela equipe de saúde da IV expedição, ocorrida em julho de 2024 tendo em vista que o Barco da Saúde da Faculdade São Leopoldo Mandic é um projeto contemplado no currículo acadêmico e a análise de dados coletados serve como base para as futuras expedições.

Material e Método

A IV expedição realizou 251 atendimentos. Casuística foi composta por população pediátrica de 0 a 15 anos, atendidas pela equipe de saúde, nos dias XX a XX de julho, em comunidades ribeirinhas de Aveiro e Belterra, estado do Pará. Dados coletados por meio de revisão de registros médicos. Os dados foram analisados usando o software SPSS, versão 25.0. O consentimento livre e esclarecido foi obtido de todos os responsáveis legais das crianças participantes do estudo.

Resultados

Dos pacientes atendidos 45,4% estavam com a vacinação em dia (de acordo com o calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações), 25,1% apresentavam faltas de vacinas e em 29,5% não foi possível avaliar o calendário vacinal por falta na apresentação de documento comprobatório. Ao analisar os dados apenas dos pacientes incluídos na presente pesquisa, isto é, pacientes que levaram informações de imunização, 35,6% apresentaram faltas de vacinas em seus registros e 64,4% estavam em dia com o calendário vacinal. 57,7% dos bebês com vacinação em atraso na casuística avaliada até 12 meses. Encontrou-se faltas de vacina em 58% das crianças com idade entre 1 ano e 1 ano e 11 meses. A partir de 3 anos, esse percentual reduziu, o que pode sugerir que fatos temporais interferiram na adesão e ou distribuição de imunizantes nesses períodos. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre a variável gênero.

Discussão e Conclusões

Os dados encontrados corroboram com a literatura que apresenta que mais de 60% dos municípios nacionais não atingiram a meta de vacinação de 95% no primeiro ano de vida no ano de 2023.

Palavras Chave

Imunização; cobertura vacinal; Pediatria; Voluntariado; Populações Vulneráveis

Área

Imunizações

Instituições

São Leopoldo Mandic - São Paulo - Brasil

Autores

GABRIEL TEIXEIRA RESENDE, FERNANDA HELENA DE MACEDO ASSAYAG, LÍVIAN SCABENI PAN, GIULIA REGATTIERI SCHISLER, GABRIELA BECHARA ROSSI CADELCA, VITÓRIA JUGNI, ELIZABETH REGINA DE MELO CABRAL, MONICA BARTHELSON CARVALHO DE MOURA