Dados do Trabalho
Título
VACINAÇAO CONTRA HEPATITE A EM UM ESTADO DO NORDESTE BRASILEIRO: UMA ANALISE DA COBERTURA VACINAL.
Introdução
De 2000 a 2023 observou-se distribuição desigual dos tipos de hepatites virais nas macrorregiões do Brasil. O Sudeste concentra as hepatites C (58,1%) e B (34,1%), no Sul, as dos tipos B (34,2%) e C (27,1%) e as regiões Nordeste (29,7%) e Norte (25,0%) com mais da metade dos casos confirmados de hepatite A. Nesse sentido, observa-se a necessidade de melhoria da cobertura vacinal no sentido de minimizar essa incidência. Estudo teve como objetivo avaliar uma série histórica da cobertura vacinal (CV) contra o vírus da hepatite A no estado do Rio Grande do Norte.
Material e Método
Dados secundários obtidos de sítios eletrônicos de acesso livre do Secretaria Estadual de Saúde, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e do Boletim Epidemiológico para análise de incidência e cobertura vacinal (CV).
Resultados
A CV variou entre 41,7% a 81,40% no período de 2013 a 2023. A homogeneidade da CV contra hepatite A e nas regiões de saúde ficaram aquém da meta estabelecida no período. Destaca-se queda de CV durante a pandemia de COVID19 e uma elevação nos anos seguintes (2022:71%/2023:80%) seguindo também nas CV por região. Em 2023, apenas três regiões de saúde: Caicó, Pau dos Ferros e Açu conseguem, pela primeira vez, atingir a CV adequada com 101,36%, 97,87% e 95,4%, respectivamente. Caracterizando, assim, uma melhoria na homogeneidade das CV (37,5%).
Discussão e Conclusões
De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (2024), o coeficiente de mortalidade por hepatite A como causa básica mostrou tendência de queda em todas as regiões brasileiras nos últimos dez anos. Até 2019, somente as regiões Norte e Nordeste apresentaram coeficiente de mortalidade superior ao do país. No estado, essa situação ocorre em razão da melhoria nas CV a partir desse ano em todas as regiões de saúde, com destaque para o ano de 2023 que atingiu sua melhor CV e homogeneidade. Apesar dos desafios enfrentados nesses dez anos como falta de vacina, pandemia, hesitação vacinal, constata-se, na comparação de 2013 com 2023, que houve redução de 97,3% e 99,1% na incidência de hepatite A em crianças menores de 5 anos e na faixa etária de 5 a 9 anos de idade, respectivamente no Brasil, situação que se replicou no estado do RN. As baixas coberturas e heterogeneidade no estudo sugerem a necessidade de estratégias para melhorar as taxas de CV da hepatite A. No entanto, houve crescimento e melhorias nos últimos anos com aumento das CV e homogeneidade, especialmente no ano de 2023.
Palavras Chave
Hepatite A Cobertura vacinal Vacina contra hepatite A Série histórica
Área
Infecções Preveníveis por Imunizações
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
CLEONICE ANDRÉA ALVES CAVALCANTE, EDILMA DE OLIVEIRA COSTA, ERICA RAYANE GALVÃO DE FARIAS , LUCIANA EDUARDO FERNANDES SARAIVA, SHIRLANE PRISCILLA BARBOSA DE MELO AZEDO RAPOSO, AYSLA MONIQUE FERNANDES FERREIRA DOS SANTOS