Dados do Trabalho


Título

FATORES ASSOCIADOS AO ESQUEMA VACINAL INCOMPLETO EM ADOLESCENTES NA OITAVA REGIAO DE SAUDE DA PARAIBA-PB

Introdução

A vacinação é essencial para prevenir doenças infecciosas e reduzir a mortalidade infantil no Brasil. Adolescentes podem disseminar a doença meningocócica como portadores assintomáticos de Neisseria meningitidis, tornando crucial a vacinação após a infância. A vacina meningocócica do sorogrupo C foi substituída pela ACWY em 2020 para aumentar a proteção, e a vacina HPV quadrivalente, introduzida em 2014, visa reduzir o risco de cânceres associados ao HPV. Este estudo analisa os fatores associados ao esquema vacinal incompleto para as vacinas HPV e meningocócica C em adolescentes de 11 a 14 anos na Oitava Região de Saúde da Paraíba.

Material e Método

Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, e ecológico, que analisa os fatores associados ao esquema vacinal incompleto em adolescentes de 11 a 14 anos para as vacinas HPV quadrivalente e meningocócica C conjugada.. A pesquisa foi realizada na Oitava Região de Saúde da Paraíba (10 municípios, população de 118.439 em 2019), coletou dados de agosto a dezembro de 2019 por inquéritos domiciliares. Foram incluídos adolescentes da região e excluídos aqueles sem autorização dos pais, ausentes durante a visita, ou com escore inferior a 26,5 no Mini Exame do Estado Mental (MEEM). A amostra final teve 458 adolescentes. A análise dos dados utilizou estatísticas descritivas e o teste Qui-quadrado de Pearson (p<0,05), com aprovação do Comitê de Ética.

Resultados

Têm-se que 76,9% das meninas e 57,4% dos meninos completaram a vacinação contra HPV, enquanto para a Meningocócica C, as taxas foram de 57,4% para meninos e 54,6% para meninas. Na área urbana, 58,5% completaram a vacinação contra HPV e 50,8% contra Meningocócica C; na área rural, essas taxas foram de 79,4% e 67,4%, respectivamente (p=0,001). Fatores influenciadores para completar a vacinação contra HPV incluem informações recebidas na escola (64,3%), internet (65,9%), profissionais de saúde (62,6%), e televisão (63,8%). O medo de injeções (p=0,059) e o esquecimento (p<0,01) foram barreiras significativas para completar o esquema vacinal. A falta de informação e reações adversas também afetaram negativamente a vacinação da Meningocócica C.

Discussão e Conclusões

A adesão à vacinação para HPV e Meningocócica C é baixa, sofrendo variações. Para melhorar a adesão, é essencial aumentar a comunicação sobre a segurança e eficácia das vacinas, especialmente para adolescentes, e envolver pais, professores e profissionais de saúde em ações educativas. Estratégias como vacinação nas escolas e busca ativa são recomendadas.

Palavras Chave

Adolescentes; vacinação; cobertura vacinal

Área

Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica

Instituições

UNIFIP - Centro Universitário de Patos - Paraíba - Brasil

Autores

ANNE MILANE FORMIGA BEZERRA, MANNYA OLIVEIRA ALVES, RENATA MOTA DOS SANTOS, CLEBSON VERISSIMO COSTA PEREIRA, MARCO AURÉLIO PALAZZI SÁFADI, JOSE CASSIO DE MORAES