Dados do Trabalho
Título
SITUAÇAO VACINAL EM ADOLESCENTES NA OITAVA REGIAO DE SAUDE DA PARAIBA, BRASIL
Introdução
A vacinação é a principal medida de prevenção de doenças infecciosas, e no Brasil, o Programa Nacional de Imunizações tem reduzido significativamente a mortalidade infantil e doenças preveníveis. Atualmente, o desafio é alcançar coberturas vacinais altas e uniformes em todo o país. A OMS e o Ministério da Saúde definem adolescentes como indivíduos entre 10 e 19 anos e garantem seu acesso a serviços de saúde de qualidade. O estudo visa analisar a cobertura vacinal de adolescentes de 11 a 14 anos para as vacinas HPV quadrivalente e meningocócica C conjugada, conforme o calendário de vacinação da oitava região de saúde da Paraíba.
Material e Método
Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, e ecológico, que analisa a situação vacinal de adolescentes de 11 a 14 anos para as vacinas HPV quadrivalente e meningocócica C conjugada. A pesquisa foi realizada na Oitava Região de Saúde da Paraíba (10 municípios, população de 118.439 em 2019), coletou dados de agosto a dezembro de 2019 por inquéritos domiciliares. Foram incluídos adolescentes da região e excluídos aqueles sem autorização dos pais, ausentes durante a visita, ou com escore inferior a 26,5 no Mini Exame do Estado Mental (MEEM). A amostra final teve 458 adolescentes. A análise dos dados utilizou estatísticas descritivas e o teste Qui-quadrado de Pearson (p<0,05), com aprovação do Comitê de Ética.
Resultados
Os dados mostram que 76,9% das meninas e 57,4% dos meninos completaram a vacinação contra HPV. Para a vacina Meningocócica C, as taxas foram de 57,4% para meninos e 54,6% para meninas. Na zona urbana, 58,5% dos residentes completaram o esquema de HPV e 50,8% o de Meningocócica C; na zona rural, as taxas foram de 79,4% para HPV e 67,4% para Meningocócica C, com significância estatística (p=0,001).
Discussão e Conclusões
Bom Sucesso e Jericó atingiram a meta de 80% para HPV, enquanto Bom Sucesso e Catolé do Rocha tiveram as melhores coberturas para Meningocócica C, com 82%. Apesar de muitos entrevistados terem carteira de vacinação, as taxas de cobertura estão abaixo das metas recomendadas, indicando a necessidade de estratégias mais eficazes para melhorar a cobertura vacinal. O estudo alcançou o objetivo, onde foi possível analisar a situação vacinal de HPV e Meningocócica C conjugada, proposta no calendário nacional de vacinação, comparou dados secundários de cobertura vacinal administrativa do sistema de informações do Ministério da Saúde com os achados da pesquisa em campo, mostrando semelhanças entre alguns municípios.
Palavras Chave
Adolescentes; vacinação; cobertura vacinal
Área
Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica
Instituições
UNIFIP - Centro Universitário de Patos - Paraíba - Brasil
Autores
ANNE MILANE FORMIGA BEZERRA, MANNYA OLIVEIRA ALVES, RENATA MOTA DOS SANTOS, CLEBSON VERISSIMO COSTA PEREIRA, MARCO AURÉLIO PALAZZI SÁFADI, JOSE CASSIO DE MORAES