Dados do Trabalho

Título

ANALISE DA REATOGENICIDADE DE VACINAS: ESTUDO QUANTITATIVO EM LABORATORIO DE DIAGNOSTICO E SAUDE

Introdução

A vacinação é uma das melhores contribuições para a saúde global, prevenindo inúmeras doenças infecciosas. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) desenvolve e implementa a estratégia de imunização, com um calendário vacinal específico para cada faixa etária, além de normas e procedimentos baseados em publicações científicas. Essa abordagem tem conferido ao país prestígio no manejo de doenças imunopreveníveis. O objetivo deste estudo foi investigar a reatogenicidade das principais vacinas administradas nas salas de vacinação do Grupo Sabin, utilizando dados de 2023 sobre Eventos Supostamente Atribuíveis à Vacinação ou Imunização (ESAVI), por meio de registro, notificação e investigação. Os eventos foram classificados como graves e não graves. Muitos desses eventos podem não estar relacionados à vacinação, podendo ser apenas coincidências temporais, inerentes a outras causas, como condições fisiológicas do paciente ou doenças que surgem simultaneamente ou após a vacinação.

Material e Método

A metodologia adotada foi um estudo descritivo quantitativo com análise estatística, utilizando medidas de frequência absoluta e relativa, expressas como taxas de reatogenicidade, tabuladas em planilhas de Excel e apresentadas em tabelas e gráficos. Para a coleta dos dados, foi enviado um questionário eletrônico nas primeiras 24 horas e realizado contato telefônico após três dias em caso de não resposta do questionário. Foram analisadas 22 vacinas quanto à sua reatogenicidade, destacando-se a Meningocócica B como a mais reatogênica, seguida pela vacina Herpes zoster com 39% e 38%, respectivamente.

Resultados

Os resultados mostraram que 52% dos pacientes relataram ESAVI, com taxas de reatogenicidade variando entre 39% e 5% entre as vacinas estudadas. Na discussão, observa-se as diferenças entre as vacinas, definindo ESAVI como quaisquer sinais e sintomas inesperados ou indesejados após a vacinação, que podem ou não ter relação causal com o processo de vacinação ou com o imunobiológico.

Discussão e Conclusões

A pesquisa destaca a importância da vigilância contínua de eventos para monitoramento e confirma a literatura sobre a maior prevalência de eventos leves. Concluímos que o conhecimento desses eventos deve ser uma prática nos serviços de vacinação da rede privada, contribuindo para a segurança do paciente quanto ao uso das vacinas. Esta pesquisa foi conduzida como parte de um processo interno da empresa.

Palavras Chave

vacinação; reatogenicidade; ESAVI; segurança do paciente; Grupo Sabin