Dados do Trabalho
Título
COBERTURA VACINAL PARA POLIOMIELITE EM CRIANÇAS NASCIDAS EM 2017 E 2018 RESIDENTES NA CAPITAL DE GOIAS
Introdução
A Vacinação é uma conquista no campo da saúde pública, sendo uma intervenção efetiva no controle, eliminação e prevenção de doenças imunopreveníveis e impactam de forma substancial na sobrevivência infantil1. A poliomielite é uma doença viral transmitida via contaminação fecal-oral ou oral-oral, que pode causar paralisia grave e só pode ser prevenida pela imunização2. A vacina para a poliomielite é fornecida de forma universal e gratuita no calendário vacinal infantil, entretanto é observado a diminuição da cobertura vacinal que gera problemas para a saúde coletiva3. Dessa forma, o estudo objetivou analisar a cobertura vacinal para poliomielite em crianças nascidas em 2017 e 2018 residentes em áreas urbanas da capital do estado de Goiás.
Material e Método
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de coorte retrospectiva. É um recorte do projeto matriz "Inquérito de cobertura vacinal nas capitais de 25 Estados e no Distrito Federal em crianças nascidas em 2017 e 2018 e residentes na área urbana". A coleta de dados foi feita por uma empresa especializada de forma digital e softwares realizaram a análise estatística. A situação vacinal foi a variável desfecho, avaliada por meio da 3ª dose da VIP (VIP3). O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Irmandade da Santa Casa de São Paulo sob o protocolo 3.366.818, seguindo todas as diretrizes éticas da Resolução no 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Resultados
Maioria das crianças são do sexo feminino, cor parda, os primeiros na ordem do nascimento e a maioria das famílias tem dois filhos. Percebe-se uma queda da cobertura vacinal em comparação com as recomendações de instituições de saúde, embora esteja alinhada com a tendência da literatura de queda na última década. Doses oportunas possuem uma cobertura vacinal de 78,5% (IC95%:76,6-80,4) para a primeira dose da VIP, de 66,5% (IC95%: 64,3-68,7) para a segunda dose da VIP, de 51,2% (IC95%: 48,9-53,5) para a terceira dose da VIP. Doses válidas possuem uma cobertura de 91,1% (IC95%: 89,6-92,2) para primeira dose da VIP, de 89,5% (IC95%: 88-90,8) para a segunda dose da VIP e de 87% (IC95%: 85,3-88,4) para a terceira dose da VIP.
Discussão e Conclusões
A análise contribui para atualizar informações sobre a situação vacinal infantil, auxiliando para propor estratégias no fortalecimento da imunização e permitir melhor compreensão dos aspectos relacionados à possíveis atrasos vacinais e reduzir o risco da reintrodução da doença como os malefícios causados por tal patologia.
Palavras Chave
Vacinas contra Poliovírus; cobertura vacinal; Poliomielite; Criança
Área
Infecções Preveníveis por Imunizações
Instituições
Universidade Federal de Goiás - Goiás - Brasil
Autores
JULIANA OLIVEIRA ROQUE LIMA, AMANDA THAÍS ARAUJO, KARLLA ANTONIETA AMORIM CAETANO, SHEILA ARAUJO TELES, LAYS ROSA CAMPOS, WINNY EVENY ALVES MOURA