Dados do Trabalho

Título

NOVOS OLHARES PARA RETOMAR AS ALTAS COBERTURAS VACINAIS NO NORTE DE MINAS GERAIS: UMA ANALISE REGIONAL SOBRE A PERSPECTIVA DAS EQUIPES MUNICIPAIS.

Introdução

O declínio das coberturas vacinais levou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, a caracterizar as baixas coberturas como uma forte ameaça à saúde. A queda que se iniciou no Brasil em 2012, acentuando-se a partir de 2016 e sendo agravada pela pandemia da COVID-19, foi efetivada na Região de Saúde de Pirapora/MG. Situada na macrorregião norte do estado de Minas Gerais, engloba sete municípios: Buritizeiro, Ibiaí, Lassance, Pirapora, Ponto Chique, Santa Fé de Minas e Várzea da Palma. Possui 51 Equipes de Saúde da Família, a cobertura assistencial estimada é de 88%, sendo 39 salas de vacinas.
O SUS tem desenvolvido projetos visando reverter o quadro desfavorável. Desse modo, implantou-se o Projeto “Estratégias para o Aumento das Coberturas Vacinais em Crianças Menores de 2 Anos no Estado de Minas Gerais” em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais. A estratégia baseada em ações para monitorar e melhorar os indicadores foi aplicada nos territórios, com resultados promissores para valorizar a regionalização do cuidado.
O estudo propõe avaliar o impacto do projeto no território.

Material e Método

Utilizou-se a CIB-SUS e o Grupo de Monitoramento e Avaliação da Vacinação regional como espaços para comunicação, capacitação, monitoramento e avaliação dos resultados. Na finalização do projeto, aplicou-se o formulário google forms na modalidade pesquisa de satisfação para avaliação da sua efetividade.

Resultados

Adesão de 100% dos municípios ao projeto. Comparando os anos de 2020 e 2023, constatou-se que das 15 vacinas avaliadas, 12 (80%) apresentaram ampliação das coberturas, 09 (60%) atingiram as coberturas preconizadas. Sobre o escopo municipal, 33% avaliaram o projeto como mediano, 56% como bom e 11% como muito bom. Aspectos positivos: ampliação da consciência sanitária; fortalecimento das parcerias com a educação e o Rotary; cartão de vacinação sem atrasos; comprometimento profissional; padronização dos processos de trabalho; capacitação dos agentes de saúde; criação de grupos técnicos de trabalho integrando gestão, vigilância e assistência; vacinação extramuros; monitoramento frequente dos indicadores e rotina de supervisões em salas de vacinas.

Discussão e Conclusões

Diferentes práticas exitosas foram incentivadas pelo Projeto. Situação semelhante foi descrita por Homma et al. (2022), onde a reversão das baixas coberturas através da articulação de ações estruturais são possíveis a curto, médio e longos prazos. O projeto foi efetivo para o fortalecimento das políticas públicas no norte de Minas.

Palavras Chave

coberturas vacinais; vigilância epidemiológica; projeto de ampliação; saúde pública