Dados do Trabalho


Título

EVOLUÇAO DA COBERTURA VACINAL CONTRA INFLUENZA EM SANTA CATARINA

Introdução

A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. Entre a Semana Epidemiológica (SE) 01/2024 e a SE 14/2024, foram confirmados 256 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza no estado de Santa Catarina (SC), dos quais 19 evoluíram para óbito. Devido à sazonalidade e gravidade da doença, o Programa Nacional de Imunização promove anualmente a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. Portanto, objetiva-se conhecer o cenário de adesão à campanha de vacinação.

Material e Método

Estudo ecológico, referente a adesão dos grupos prioritários nas últimas 5 campanhas de vacinação contra a influenza em SC. O registro das doses aplicadas devem ser realizados nos sistemas de informação com interoperabilidade com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). A meta da campanha é de 90%, sendo possível acompanhar esse indicador nos seguintes grupos prioritários: Criança, Gestante, Trabalhador de Saúde, Puérpera, Indígenas e Idosos.

Resultados

Os grupos crianças, gestantes não atingiram a meta preconizada em nenhum dos momentos, já o grupo de puérpera superou a meta no ano de 2019 alcançando 93,97%, Indígenas nos anos de 2019 e 2020, com 90,44% e 95,42% e idoso nos anos de 2019 e 2020 101,96% 127,21%. O grupo de trabalhadores da saúde, no ano de 2020 com 111,21%. As campanhas ocorridas nos anos de 2021,2022 e 2023 nenhum grupo alcançou a meta e o ano de 2023 apresentou as menores coberturas vacinais de todo o período, exceto pelo grupo de puérperas que foi no ano de 2022.

Discussão e Conclusões

Foram analisados dados das campanhas de vacinação dos anos de 2019 a 2023. Considerando a meta de vacinação do ministério da saúde, observou-se que apesar da oscilação entre as CVs entre os grupos prioritários. O ano de 2023 destacou-se como o de menor adesão à campanha de vacinação. Dada a gravidade potencial da doença, é de extrema importância a alta adesão dos grupos prioritários. A baixa adesão encontrada é preocupante e reforça a necessidade de estratégias mais eficazes para alcançar e sensibilizar esses grupos. É essencial entender as barreiras enfrentadas pelos grupos prioritários e desenvolver abordagens direcionadas para a melhoria dessas CV. Estratégias de comunicação, acessibilidade e educação podem ser fundamentais para reverter essa tendência negativa e garantir a proteção coletiva contra a influenza.

Palavras Chave

Influenza; Imunização; SRAG

Área

Infecções Preveníveis por Imunizações

Instituições

Diretoria de Vigilância Epidemiológica - Santa Catarina - Brasil

Autores

JESSIKA ANGELA FREITAS OLIVEIRA, CHAIANE NATIVIDADE DE SOUZA GONÇALVES, CAMILLA COSTA CYPRIANO SCHMITZ, ELIARA ARAMBURU MIGUEL, JÉSSICA ARIANA VIEIRA DA COSTA, ARIELI SCHIESSL FIALHO, JOÃO AUGUSTO BRANCHER FUCK