Título

ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS A NÃO ADESÃO AO ESQUEMA COMPLETO DA VACINAÇÃO CONTRA COVID-19

Introdução

A vacina contra a COVID-19 foi criada em tempo recorde e a campanha de vacinação iniciou-se no Brasil em janeiro de 2021 diante altos índices de morbidade, internações e óbitos. Nesse contexto, inicialmente houve busca incessante pela vacina; todavia, com o controle da doença, paulatinamente, percebe-seu baixa adesão de uma parte da população, em um cenário atual de grande hesitação e recusa vacinal para se completar o esquema recomendado pelo Programa Nacional de Imunização.

Material e Método

O objetivo deste estudo é verificar o perfil epidemiológico de indivíduos que não completaram o esquema básico de vacinação contra a COVID-19 do maior município da região metropolitana do Estado de Goiás, Brasil Central e além de identificar os fatores que tem influenciado a baixa adesão Vacinal, propôr medidas assertivas no enfrentando e no resgate ao gosto e cultura vacinal. Trata-se de um estudo de corte transversal analítico realizado por meio de entrevistas telefônicas com uma amostra aleatória de indivíduos que não completaram o esquema Vacinal da população que receberam a primeira dose do esquema Prima no município em estudo. Os dados foram analisados pelo programa R e realizado análise múltipla utilizando o t de student e poisson quando apropriado.

Resultados

Verificou-se que ser do sexo feminino (OR 0.5635, IC95%; 0.4238 - 0.7472), ter vacinado com a vacina Astrazeneca (OR 0.5625, IC95%; 0.3807 - 0.8163), sentir dor no corpo (OR 0.4439, IC95%; 0.187 - 0.9355), acreditar que vacina não funciona (OR 0.0781, IC95%; 0.0044 - 0.3665), medo da vacina (OR 0.5655, IC95%; 0.3239 - 0.9436) e problemas do serviço de saúde (OR 2.0424, IC95%; 1.3002 - 3.1955) foram estatisticamente associado a não adesão ao esquema completo de vacinação contra a COVID-19.

Discussão e Conclusões

Os resultados poderão contribuir para romper as barreiras na completude vacinal por meio de medidas assertivas e efetivas no combate a desinformação e hesitação vacinal, fomentando a credibilidade da vacina contra a COVID-19 frente a população e o fortalecimento do PNI. Ademais, acredita-se os dados inéditos aqui suscitados poderão contribuir na criação de políticas públicas de saúde que contribuam para aumentar a cobertura vacinal das demais vacinas do PNI.

Palavras Chave

Saúde Pública; Vacinação; Doenças Imunopreveniveis; hesitação vacinal; COVID-19.