Dados do Trabalho


Título

EM QUAL PORTE DOS MUNICIPIOS DE MINAS GERAIS, BRASIL, HOUVE AUMENTO DA COBERTURA VACINAL EM CRIANÇAS, APOS INTERVENÇAO EM SAUDE?

Introdução

Apesar dos avanços após os 50 anos da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), o Brasil, enfrenta desafios para manter alta as coberturas vacinais. Em relação ao estado de Minas Gerais (MG), a queda na cobertura vacinal em crianças ocorreu de forma diferente em cada regional: no ano de 2021, o estado apresentou 70,5% dos municípios com homogeneidade de cobertura vacinal (HCV) muito baixa. O objetivo desse estudo foi avaliar o impacto de um projeto estadual de pesquisa-ação nas coberturas vacinais em crianças menores de dois anos no estado de Minas Gerais segundo o porte dos municípios, comparando os anos de 2021 e 2022.

Material e Método

O projeto estadual de pesquisa-ação do tipo ensaio clínico comunitário, antes-depois, realizado em 212 municípios pertencentes a 8 GRS/SRS com tendência decrescente para a cobertura vacinal de rotina em crianças menores de 2 ano no período de 2015 a 2020 em MG. Utilizou-se dados secundários de Cobertura Vacinal (CV) e Taxa de Abandono(TA) dos imunobiológicos recomendados para crianças menores de 2 anos, no ano 2021 (período pré-intervenção) e no ano 2022 (período pós-intervenção). Realizou-se a comparação das proporções da TA, HCV e classificação de risco para a transmissão de doenças imunopreveníveis segundo os dois períodos, utilizando-se o teste McNemar segundo o porte dos municípios.

Resultados

Observou-se aumento significativo nos municípios de pequeno porte que atingiram a meta preconizada pelo PNI, para os seguinte imunobiológicos: BCG, Rotavítus, Meningococo C, Pneumocócica C, Pentavalente, Poliomielite, Tríplice viral segunda dose e Varicela. Os municípios de grande porte não se observaram aumento estatisticamente significativo no alcance da meta. Destaca-se que, após a realização do projeto, observa-se aumento na proporção de municípios de pequeno porte: com baixa TA para a vacina da rotavírus, aumento no número de municípios classificados como HCV e aumento do número de municípios classificados em risco muito baixo e risco baixo e médio. Não se observou diferença significativa entre os municípios de médio e grande porte nesses indicadores.

Discussão e Conclusões

Cada município possui características intrínsecas, que influenciam diretamente no aumento da cobertura vacinal. É essencial que as regionais se pautem no manejo dessas cidades de pequeno porte que obtiveram bons resultados, para criar planos efetivos, baseados nas características individuais locais, para as cidades que mantêm o status de baixa cobertura vacinal.

Palavras Chave

Cobertura Vacinal, Vigilância, Monitoramento, Gerenciamento de Risco

Área

Imunizações

Instituições

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - Minas Gerais - Brasil

Autores

THALES PHILIPE RODRIGUES DA SILVA, SHEILA APARECIDA FERREIRA LACHTIM, CAROLINA MACHADO MOREIRA, MARIANA COELHO DE ALMEIDA NEVES, JAQUELINE SILVA DE OLIVEIRA, MARCELA LENCINE FERRAZ, ELICE ELIANE NOBRE RIBEIRO, FERNANDA PENIDO MATOZINHOS