Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA MENINGITE NA REGIAO METROPOLITANA DE SAUDE DO ESPIRITO SANTO: ANALISE DE CASOS DE 2017 A 2022

Introdução

As meningites são um importante problema de saúde pública, levando a surtos e epidemias. A doença é infecciosa e causa inflamação das meninges. A transmissão ocorre por contato direto ou com secreções de infectados. A imunização é eficaz para reduzir a incidência, complicações e sequelas. A pesquisa busca identificar o perfil epidemiológico dos casos de meningite na Região Metropolitana de Saúde do Espírito Santo entre 2017 e 2022.

Material e Método

Trata-se de uma pesquisa transversal e descritiva. O cenário do estudo é a região de saúde Metropolitana do Estado do Espírito Santo, possui uma população de 2.272.104 habitantes (censo IBGE, 2022). Foi levantado o número de notificações no intervalo de tempo 2017 a 2022. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e no sistema e-SUS Vigilância em Saúde (e-SUS VS). As variáveis analisadas foram: ano, gênero, faixa etária, etiologia e evolução dos casos de meningite.

Resultados

Foram registradas 624 notificações de casos confirmados de meningite, dos quais 102 resultaram em óbito, apresentando uma taxa de letalidade de 16,3%. O ano de 2017 (n= 173) e 2022 (n=173) evidenciaram maior ocorrência de casos dentre esses 6 anos. A menor ocorrência de casos foi no ano de 2020 (n=32). Dentre os indivíduos afetados durante esses anos, 61,4% (n= 383) correspondiam ao sexo masculino e 38,6% (n=241) ao feminino. Em relação à faixa etária, os indivíduos de 1 a 9 anos foram mais acometidos pela doença, representando 25,8% (n=161) dos casos, seguido dos menores de 1 ano, com 16,7% (n=104).

Discussão e Conclusões

Dos casos confirmados de meningite, 73,9% tiveram evolução favorável, o que está em concordância com os dados encontrados na literatura. A menor ocorrência de casos confirmados em 2020 pode estar relacionada ao impacto da pandemia de COVID-19 na regularidade das notificações das doenças de notificação compulsória. Os dados em relação ao sexo corroboram com outros trabalhos onde há predominância do sexo masculino nessa doença. O resultado da faixa etária pode ser explicado pelo fato de que crianças são mais vulneráveis devido ao início das interações escolares, exposição a microrganismos e imaturidade imunológica, aumentando o risco de sequelas neurológicas graves. Com isso, observamos um aumento do número de casos confirmados e óbitos no decorrer dos 6 anos de análise na Região Metropolitana de Saúde do Espírito Santo.

Palavras Chave

Meningite; Doenças transmissíveis;

Área

Controle de Infecção e Vigilância Epidemiológica

Instituições

Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo - Espírito Santo - Brasil

Autores

RENATO ALVES CANIÇALI, TAMIRIS DA PENHA CHINETALO, INGRID NEY KRAMER DE MELLO, YAN BARBOSA RODRIGUES, JEFFERSON TAVARES DOS SANTOS, KAROLINE CARVALHO SIGLER