Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA RESPOSTA IMUNE A COVID-19 NO BRASIL: UMA COORTE RETROSPECTIVA E PROSPECTIVA

Introdução

As vacinas foram cruciais para controlar a transmissão do SARS-CoV-2. Devido ao uso emergencial, a eficácia, a segurança e a resposta imunológica precisam ser continuamente avaliadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta imune de indivíduos vacinados com esquema primário CoronaVac ou ChAdOx1-nCov19 e, reforço com BNT162b2, durante a pandemia de COVID-19 no Brasil.

Material e Método

Foram avaliados 333 profissionais de saúde da FIOCRUZ-RJ e CE e, da Secretaria Estadual de Saúde do RJ, vacinados com CoronaVac ou ChadOx1-nCoV-19, expostos ao reforço com BNT162b2. O sangue foi coletado mensamente após a 1ª e 2ª dose. Após o booster, as amostras foram coletadas 1, 2, 3 e 6 meses depois. Critérios de Inclusão: Homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, residentes da região metropolitana do RJ e do CE, vacinados com ChadOx1-nCoV-19 ou CoronaVac na 1° e 2° dose e 3ª dose com BNT162b2; aceitar a participar através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Critérios de Exclusão: Indisponibilidade para cumprir o cronograma do estudo, participação em estudo de intervenção com imunizantes ou medicamentos para COVID-19 durante o período vacinal. O estudo foi aprovado pelos Comitês de ética dos centros participantes (CAAE:51442221.8.0000.5248). A análise dos dados utilizou frequências absolutas e relativas para variáveis qualitativas e, média, mediana e quartis para as variáveis quantitativas.

Resultados

Após o booster, o grupo CoronaVac teve uma soroconversão 37% (p<0,01) maior do que no grupo ChAdOx1-nCov19. Os níveis de anticorpos neutralizantes ultrapassaram o limite de detecção do teste (>488UI/ml), mantendo uma alta taxa de neutralização para a cepa Wuhan. A frequência de linfócitos B anti-SARS-CoV-2 no grupo ChAdOx1-nCov19/BNT162b2 foi maior (0,45%) versus os vacinados com o esquema CoronaVac/BNT162b2 (0,34%), após 6 meses do reforço.

Discussão e Conclusões

O reforço heterólogo com a vacina BNT162b2, aumenta os níveis de IgG, em especial no grupo CoronaVac, semelhante ao observado por Lin-Wang et al (2022). 200 dias após booster, houve um aumento de PCRs positivos no estudo devido ao surto da variante Omicron, porém, nenhum participante teve sintomas graves ou foi hospitalizado. Visto isso, as vacinas foram importantes para manter a proteção e reduzir os casos graves.

Palavras Chave

COVID-19, VACINAS, IMUNIZAÇÃO, RESPOSTA IMUNOLÓGICA

Área

Imunizações

Instituições

Fiocruz - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

JOYLE MOREIRA CARVALHO DA SILVA, AMANDA CONDE DA SILVA, DAVI MEDEIROS DE MORAIS, MATHEUS LUIZ REBELLO DAVID, YASMIN ALMEIDA DE CARVALHO, JESSICA RODRIGUES DE SIQUEIRA, ERIKA MARTINS DE CARVALHO, MARCO AURELIO KRIEGER