Dados do Trabalho
Título
MONITORAMENTO RAPIDO DE COBERTURA (MRC) DA VACINA TRIPLICE VIRAL: DIAGNOSTICO VACINAL PARA DEFINIÇAO DE ESTRATEGIAS NO MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ), EM 2022
Introdução
O Sarampo é uma doença exantemática aguda, transmissível de alto contágio e com gravidade potencialmente elevada. Trata-se de uma doença imunoprevenível, porém dado a relevância, magnitude bem como o plano para recertificação de eliminação da doença, perdida em 2019. A motivação do trabalho é apresentar o MRC realizado pela Coordenação do Programa de Imunizações-SMS Rio, para diagnóstico da cobertura vacinal, indicando as diretrizes para ação e estratégias de recuperação vacinal e contenção do surto como resposta ao controle e eliminação do Sarampo no município.
Material e Método
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com base em dados primários extraídos das entrevistas e dados secundários pela verificação das cadernetas de vacinação das crianças de 6 meses a 6 anos, residentes no MRJ, para estimar a cobertura vacinal através do MRC. A coleta de dados foi realizada por equipes locais das 236 Unidades de Atenção Primária (UAP) com salas de vacina. O monitoramento transcorreu-se no último bimestre de 2022. Critérios de inclusão: estar na faixa etária e ser residente no domicílio, presentes ou ausentes com comprovante de vacinação. O presente trabalho é um recorte dos resultados do MRC, com enfoque na avaliação da situação vacinal da Tríplice viral no grupo de 1 a 4 anos de idade e motivos para não vacinação.
Resultados
Das 25.636 crianças avaliadas no MRC, 98 % estavam com a D1 e 96% com a D2 em dia. Estratificado por faixa etária, das 4.862 crianças com 1 ano monitoradas, 451 (9,3%) crianças estavam com o status vacinal da D1 em atraso, de modo que 244 tiveram o resgate vacinal realizado no domicílio. Quanto a D2, das 15.068 crianças de 15 meses a 4 anos monitoradas, 872 (5,8%) estavam com D2 em atraso, as quais 282 realizaram resgate vacinal no domicílio. A taxa de recuperação para a D1 e D2 foi de 54,1% e 32,3%, respectivamente no momento do MRC. Quanto aos motivos para a não vacinação informados, o mais relatado foi a “falta de tempo” (43%), seguido de “sem comprovante”; dificuldade de ir à unidade de saúde com 4% cada e recusa vacinal (3%), respectivamente. Observou-se que 36% foram classificados como outros motivos, os quais não foi possível descrevê-los.
Discussão e Conclusões
O MRC possibilitou identificar coberturas vacinais dentro da meta preconizada, resgatar de imediato os não vacinados e conhecer os motivos referidos para não vacinação. Deste modo o MRC configura-se importante ferramenta de diagnóstico e intervenção para recuperação das coberturas vacinais
Palavras Chave
Sarampo. MRC. Cobertura Vacinal. Tríplice Viral
Área
Imunizações
Instituições
Secretaria Municipal de Saúde/RJ - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ELEN LUCIA PEDROSO DE SA BORGES, EVELIN DA SILVA MUNAN, GISLANI MATEUS OLIVEIRA AGUILAR, NADJA GREFFE, RAFAEL VIDAL MARQUES, SILVANA HOLANDA NERES, WAGNER BRITO DE BARROS