Dados do Trabalho


Título

DESCRIÇAO DAS NOTIFICAÇOES DE EVENTOS ADVERSOS POS-VACINAÇAO (EAPV) CONTRA A COVID-19 EM CRIANÇAS, DE JANEIRO A JUNHO DE 2022, MUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO (MRJ)

Introdução

No Brasil foram aprovados para uso, dois imunobiológicos contra a COVID-19 para vacinação em crianças de 05 a 11 anos de idade: Pfizer Pediátrica e Coronavac. Apesar de seguras e propiciar benefícios para o controle da doença, podem desencadear EAPV. Entende-se por EAPV qualquer sinal ou sintoma com temporalidade após a vacinação, podendo ter uma relação causal. O interesse da autora pela temática emergiu da vivência durante três anos como Analista em Vigilância em Saúde da Coordenação do Programa de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

Material e Método

Estudo epidemiológico e descritivo, com dados coletados no banco de informações do sistema e-SUS Notifica, no período de janeiro a junho de 2022. A coleta dos dados ocorreu em 05 de julho de 2022. Foram analisadas as seguintes variáveis: imunobiológico administrado (Pfizer Pediátrica ou Coronavac), tipo de evento, desfecho e causalidade dos eventos graves. A Taxa de Incidência de EAPV mais frequente por produtor foi calculada considerando o número de EAPV graves e não graves, pelo número de doses aplicadas obtido no Tabnet da Secretaria Municipal de Saúde do RJ no período do estudo, por 100.000 doses.

Resultados

De janeiro a junho de 2022, foram aplicadas 1.181.905 doses em crianças de 5 a 11 anos e notificados 119 EAPV, sendo 94 (8,0/100.000) não graves e 25 (2,1/100.000) graves suspeitos, com uma relação caso/dose de 10,1/100.000. Os EAPV não graves mais frequentes ocorreram com a vacina Pfizer Pediátrica 52 (4,4/100.000) e Coronavac 42 (3,6 /100.000). Já nos graves suspeitos, ocorreram com 15 (1,3/100.000) e 10 (0,8/100.000) respectivamente. Sobre o desfecho dos não graves, 83 (88,3%) com cura sem sequelas, 09 (9,6%) em investigação e 02 (2,1%) perda de seguimento. Dos graves, o desfecho foi de 20 (80%) com cura sem sequelas e 05 (20%) em investigação. A classificação de causalidade dos graves foi: 03 consistentes; 02 conflitante e 14 descartados.

Discussão e Conclusões

Embora os imunobiológicos possam ocasionar eventos adversos pós- vacinação, devido aos seus componentes, vale ressaltar que a vacinação é de grande importância para a prevenção de doenças infecciosas, significando benefício para a população. Os resultados demonstram que o número de notificações de EAPV graves e não graves têm baixa incidência, que a vacina Pfizer Pediátrica apresentou maior frequência. Destaca-se que após investigação o desfecho apresentou boa evolução e a classificação de causalidade em sua grande maioria, não estavam relacionados com as vacinas.

Palavras Chave

Eventos Adversos pós-vacinação; vacina Covid-19

Área

Imunizações

Instituições

Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

NATHALYA MACEDO NASCIMENTO COSTA, GLAUCELAINE DA SILVA TEXEIRA, ISIS MATTOS DE CARVALHO , MARCIO HENRIQUE OLIVEIRA GARCIA , NADJA GREFFE, THAINA GENUINO DE SOUZA