Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA RESPOSTA HUMORAL E CELULAR AS VACINAS CONTRA COVID-19 NO BRASIL: UMA COORTE RETROSPECTIVA E PROSPECTIVA

Introdução

Devido a liberação emergencial de vacinas para COVID-19, a eficácia e a segurança precisam ser continuamente avaliadas, inclusive a resposta imunológica gerada pela imunização com diferentes vacinas. O objetivo deste estudo foi analisar a intensidade e duração dos títulos de anticorpos IgG e linfócitos B anti-SARS-CoV-2 de indivíduos vacinados com CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer administradas no Brasil.

Material e Método

Este é um estudo observacional analítico de coorte retrospectiva e prospectiva para avaliar a resposta imunológica de 720 trabalhadores 30, 60 e 90 dias após a 1° e 2° de AstraZeneca ou CoronaVac e em período igual após o reforço com Pfizer. As coortes são provenientes da FIOCRUZ-RJ e CE, das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. Critérios de Inclusão: Homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, residentes da região metropolitana do Rio de Janeiro e do Ceará, vacinados com AstraZeneca ou CoronaVac na 1° e 2° dose e 3ª dose com Pfizer; ter aceitado a participar através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Critérios de Exclusão: Indisponibilidade para cumprir o cronograma do estudo, participação em pesquisa de intervenção com imunizantes ou medicamentos para COVID-19 durante o período vacinal. Este estudo foi aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa dos centros participantes (CAEE:51442221.8.0000.5248) e está em consonância com as Boas Práticas Clínicas. A análise exploratória dos dados utilizará frequências absolutas e relativas para variáveis qualitativas e medidas-resumo (média,mediana,quartis, mínimo e máximo) para as variáveis quantitativas.

Resultados

Os títulos de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2 reduzem em 30% a cada mês no grupo AstraZeneca e, após 6 meses da dose de reforço, os níveis de anticorpos neutralizantes ultrapassa o limite de detecção do teste (>488UI/ml), mantendo-se uma alta taxa de neutralização para cepa de Wuhan. A frequência de linfócitos B anti-SARS-CoV-2 teve um aumento após 6 meses da dose de reforço dentro do grupo Astrazeneca/Pfizer em participantes com COVID-19 prévio (0,24%) em comparação com os que não tiveram COVID-19 (0,14%).

Discussão e Conclusões

O esquema Astrazeneca e reforço Pfizer eleva os níveis de anticorpos neutralizantes após 6 meses do booster, como observado previamente por Barros-Martins, J et al, 2021. Apesar da queda dos anticorpos no grupo AstraZeneca, o reforço com a vacina Pfizer eleva o nível de IgG neutralizante, mantendo a proteção do participante vacinado.

Palavras Chave

COVID-19, VACINAS, RESPOSTA HUMORAL E CELULAR,

Área

Imunizações

Instituições

fiocruz - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

JOYLE MOREIRA CARVALHO DA SILVA, JÉSSICA RODRIGUES DE SIQUEIRA, BRUNA SILVA BAPTISTA MARQUES, YASMIN ALMEIDA DE CARVALHO, ANDRÉ LUIS PEIXOTO CANDEA, MARIA LUIZA LOPES MOREIRA, ERIKA MARTINS DE CARVALHO, MARCO AURELIO KRIEGER