Dados do Trabalho
Título
ANALISE DAS COBERTURAS VACINAIS EM ADOLESCENTES DE MUNICIPIOS DE UMA AREA DESCENTRALIZADA DE SAUDE DO ESTADO DO CEARA
Introdução
As altas taxas de coberturas vacinais, que sempre foi característica do Brasil, vem caindo nos últimos anos. Para os adolescentes, esse fato ainda é mais evidente porque são parte de um público difícil de procurar os serviçoes de saúde para estratégias de prevenção de doenças.
Material e Método
Estudo descritivo com dados secundários do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), relativos aos imunobiológicos administrados em adolescentes (10 à 19 anos), em municípios cearenses: Acarape, Palmácia, Barreira e Redenção. Aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira com parecer nº32192820.7.0000.5576.
Resultados
Em 2020, aplicaram-se 2787 doses e, em 2021, foram administradas 2306 doses (dT, Tríplice Viral-SCR, Hepatite B, HPV, Febre Amarela e Meningocócica Conjugada ACWY). Com relação à SCR, verificou-se um declínio de 21,23% nas doses aplicadas entre 2020 e 2021; no primeiro ano, a vacina contemplou 23% do total de doses aplicadas no período. Já no ano seguinte, apenas 3%. A profilaxia contra o HPV somou 1107 doses em 2020 e 901 doses em 2021, evidenciando queda de 1%. Hepatite B mostrou-se em terceiro lugar quando comparado a queda das outras vacinas; apresentou um declínio de 3,62% entre os anos, reduzindo suas doses de 246 para 120. No contexto de doses da vacina dT, a mesma reduziu 0,7% no período de estudo, decaindo 75 doses. Em contrapartida, o imunobiológico contra a Febre Amarela apresentou um aumento significativo de 24,02% entre os anos, fato que pode ser justificado pela introdução da oferta desta vacina, pelo SUS, no calendário vacinal de todo o país, como rotina.
Discussão e Conclusões
Segundo Santos et al., (2021) a SCR apresentou médias baixas de administração também entre os anos de 2013 a 2019. Ainda reforçando este achado, Arroyo et al., (2020) evidencia que entre 2006 e 2016, a SCR externou a maior redução no número de vacinados, reduzindo 2,7% a cada ano. Estudos feitos em uma cidade do Piauí, em 2017, usando amostra de 361 adolescentes, monstraram o aumento na taxa da vacinação contra febre amarela, sendo a maior cobertura com 43,2% de adesão entre o público alvo, corroborando com os achados deste estudo. Considerando os achados e a literatura pertinente, houve redução das coberturas vacinais para adolescentes entre os anos de 2020 e 2021, nos municípios estudados. Mas, essa redução já vinha acontecendo em anos anteriores. Ressalta-se que a pandemia COVID-19, provavelmente, agravou a situação.
Palavras Chave
imunização, dolescentes, cobertura vacinal
Área
Imunizações
Instituições
Universidada da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira - Ceará - Brasil
Autores
MARIA CECÍLIA MATOS BARROS, ANA CECÍLIA CARDOZO SOARES, EMILIA SOARES CHAVES ROUBERTE, CRISTIANNE SOARES CHAVES, SANDRA ROSA SOARES FREIRE, ANA DÉBORA ASSIS MOURA, DAIANY MARIA CASTRO NOGUEIRA, ISABELLE SILVA SOUSA