Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA OCORRENCIA DE EVENTOS ADVERSOS ASSOCIADOS AS VACINAS EM CRIANÇAS NOS MUNICIPIOS DA SETIMA REGIONAL DE SAUDE DO ESTADO DO PARANA

Introdução

Vacinas são eficazes e seguras, desde que sejam utilizadas pelos profissionais de acordo com suas indicações, dosagens, intervalos recomendados e condições ideais de armazenamento. Porém, não estão isentas de causar eventos adversos e devido ao programa de imunização bem consolidado, com alta cobertura, recomendação universal, e por vezes obrigatória, há uma maior visibilidade destes eventos pela população. Investigá-los é uma estratégia imprescindível para geração de evidências que demonstrem a eficácia e segurança do uso de imunobiológicos. Diante do exposto, objetivou-se identificar e elaborar o perfil dos principais eventos adversos pós-vacinação ocorridos em crianças até 12 anos, notificados entre os anos de 2016 e 2020 pelos 15 municípios pertencentes a sétima regional de saúde do estado do Paraná.

Material e Método

Estudo transversal, descritivo, retrospectivo e de abordagem quantitativa. Os dados foram coletados utilizando como base de informação as fichas de notificação constantes no sistema nacional de vigilância de eventos adversos do ministério da saúde. Foram incluídos eventos ocorridos após aplicação de vacinas de rotina em crianças até 12 anos e excluídos os ocorridos acima da faixa etária, associados a vacinas de campanha e especiais. Para as análises, estimou-se frequências e associações.

Resultados

Foram realizadas 537 notificações, sendo incluídas 303 por atender aos critérios. Identificou-se 196 eventos adversos e 107 erros de imunização. Apenas a vacina pentavalente e idade menor de um ano apresentaram significância estatística para o desenvolvimento de 3 ou mais eventos adversos. As demais vacinas não apresentaram significância estatística. Entre os eventos adversos, a febre foi o mais notificado, porém apenas a variável dor apresentou associação significante com a faixa etária entre 1 e 4 anos. A grande maioria dos eventos ocorreu nas primeiras 6 horas e todos evoluíram para cura sem sequelas, confirmando a segurança da vacinação.

Discussão e Conclusões

Pressupõe-se que menores de um ano são mais suscetíveis por receber maior quantitativo de doses e apresentar imaturidade imunológica. A pentavalente contém em sua composição toxóides diftérico e tetânico que podem ser responsáveis por provocar reações, principalmente locais e limitadas. A febre foi o evento mais frequente, corroborando com outros achados. Este estudo traz informações compiladas para o sistema público utilizar no enfrentamento deste problema de saúde pública visando promover a saúde e a qualidade de vida de seus usuários.

Palavras Chave

Reações adversas; Farmacovigilância; Imunização; Vacinação.

Área

Imunizações

Instituições

Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Campus Francisco Beltrão - Paraná - Brasil

Autores

EMANOELI AGNES STEIN, GERALDO EMÍLIO VICENTINI