Dados do Trabalho
Título
SINDROME NEFROTICA NA FAIXA ETARIA PEDIATRICA: UMA REVISAO INTEGRATIVA.
Introdução
A síndrome nefrótica (SN) é caracterizada por duas manifestações marcantes: a proteinúria nefrótica e a hipoalbuminemia, que confirmam o diagnóstico. Pode ser classificada em primária, quando está presente na ausência de doenças sistêmicas, secundária quando está associada a doença sistêmica ou processo que provoque lesão glomerular e congênita/infantil, quando ocorre em crianças com menos de 3 meses de idade.
Material e Método
Foi realizada pesquisa nos seguintes bancos de dados: Google Acadêmico, SciELO e PubMed, de trabalhos publicados entre os anos de 2018 e 2023. Os termos buscados foram síndrome nefrótica; proteinúria; síndrome nefrótica em crianças. O boleador “AND” foi usado entre as palavras. A pesquisa foi realizada em inglês e português.
Resultados
Em busca inicial, foram identificados 725 trabalhos. A seleção foi realizada a partir da leitura do título e do resumo dos trabalhos, escolhendo 32 deles. Após leitura integral dos estudos, mantiveram-se 15 referências, que mais se enquadraram nos objetivos propostos por esta revisão.
Discussão e Conclusões
A doença por lesão mínima é descrita na literatura como o diagnóstico mais comum na síndrome nefrótica infantil confirmada com biópsia, mas outras causas também podem ocorrer.
Na doença primária, o acometimento pode ocorrer de forma idiopática, por lesão mínima ou glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF), além de nefropatia membranosa, nefropatia por IgA e Glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP). Já na doença secundária, o acometimento pode ocorrer por nefropatia membranosa, GESF, Glomerulonefrite pós infecciosa (GNPE), lúpus, vasculites e outras doenças. A SN congênita pode estar associada a distúrbios genéticos (primária) ou infecção congênita ou adquirida (secundária).
Dentre as manifestações da SN estão hipoalbuminemia e proteinúria na faixa nefrótica (já citadas acima), que confirmam o diagnóstico, mas também outras como edema (muitas vezes, anasarca), hiperlipidemia, hipertensão, hematúria e sinais de hipovolemia, como taquicardia, hipotensão e oligúria. Na prática clínica, o uso de corticoesteróides é utilizado de maneira empírica, por ter ação no mecanismo mais comum, lesão mínima, e a Biópsia renal é reservada a casos mais específicos ou que não respondem ao tratamento. Dessa forma, evidencia-se a necessidade da atenção do médico de família e comunidade e serviços de urgência sobre os sinais da SN e o manejo inicial, a cerca de evitar complicações graves e impactar negativamente na qualidade de vida das crianças acometidas.
Palavras Chave
Síndrome nefrótica; Proteinúria; Síndrome Nefrótica em Crianças.
Área
Nefropediatria
Instituições
Universidade Anhembi Morumbi - São Paulo - Brasil
Autores
GUSTAVO FIGUEIREDO LIMA, VINICIUS RODRIGUES CHAGAS SILVA