Dados do Trabalho
Título
RELATO DE CASO: COLITE POR CITOMEGALOVIRUS EM TRANSPLANTADO RENAL, SEM REPLICAÇAO VIRAL
Relato do Caso
Introdução:A doença por citomegalovírus(CMV)é uma das principais complicações pós-transplante,principalmente nos primeiros 6 meses.Dependendo do padrão sorológico do par doador/receptor e da imunossupressão utilizada,aumenta-se os riscos dos transplantados apresentarem infecção e desenvolverem doença citomegálica.Há estratégias de redução de risco de doença pelo CMV após o transplante renal:tratamento preemptivo e profilaxia.O primeiro usado com os pacientes de alto risco.A profilaxia para casos específicos.Na terapia preemptiva os pacientes são monitorados para identificação da replicação viral,antes do aparecimento de sintomas/invasão tecidual e não pretende prevenir a infecção,e sim,evitar a doença por CMV.Objetivo:Relatar um caso clínico de paciente com diagnóstico de colite por CMV.Metodologia:trata-se de um relato de caso,através da revisão de prontuário de uma paciente em acompanhamento na Fundação Pró-Rim.Resultado:Paciente feminina,transplantada renal de doador vivo.Em uso de Deflazacort,Tacrolimos e Micofenolato de Sódio.Após 9 anos de transplante evolui com diarreia e dor abdominal.Não apresenta replicação viral para CMV.Na imunohistoquímica de biópsia da colonoscopia é detectado CMV.Feito tratamento com Ganciclovir (3 semanas) e convertida do micofenolato de sódio para Sirolimos.Na consulta de retorno em 45 dias,apresentou melhora dos sintomas com PCR de CMV 0 cópias.Após 6 meses do tratamento fez nova colonoscopia que está dentro da normalidade.Discussão:O CMV pode permanecer em latência,reativando em algumas circunstâncias,especialmente quando diminuição da imunidade.O uso de imunossupressores,como a paciente,e o fato de o CMV permanecer em estado latente,corroboram para a infecção por CMV em pacientes transplantados.Pode apresentar evidências de replicação viral por PCR na ausência de manifestações clínicas(infecção por CMV).A doença por CMV manifesta-se com sinais e sintomas,na qual há evidências de inclusão viral em células,como a colite.Conclusão:O PCR quantitativo é utilizado para a monitorização na terapia preemptiva.Porém,a paciente não apresentou replicação viral em PCR,mesmo com diarreia e dor abdominal.Então,cada paciente deve ser tratado de forma individual.Pois na medicina há suas exceções,como a paciente,que não replicou em número de cópias por PCR,sendo diagnosticada com CMV intestinal,apenas,na biópsia da colonoscopia.Com isso,esse relato serve para atentar os nefrologistas quanto a importância dessa investigação e diagnóstico.
Palavras Chave
Citomegalovírus; Transplante renal; Colite
Área
Transplante
Instituições
Fundação Pró rim - Santa Catarina - Brasil
Autores
HELENA MARTINS BALBÉ