Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: TUMOR MARROM DEVIDO HIPERPARTIREOIDISMO SECUNDARIO A DOENÇA RENAL CRONICA

Relato do Caso

Introdução:a prevalência de doenças endócrino-metabólicas,como,por exemplo,o hiperparatireoidismo,tem crescido com a melhoria da expectativa de vida da população e pode levar a alterações no sistema estomatognático.Objetivo:Relatar um caso clínico raro de um paciente com diagnóstico de tumor marrom associado ao hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica (DRC),sendo mais comum ocorrer devido hiperparatireoidismo primário.Metodologia: trata-se de um relato de caso,através da revisão de prontuário de um paciente em hemodiálise na Fundação Pró-rim.Resultados:Clinicamente, observou-se um aumento de volume maxilo mandibular esquerdo e tórax,evidente em radiografia,da paciente,em hemodiálise há 13 anos e 6 meses.As glândulas paratireoides mostraram-se aumentadas na ecografia cervical.Além disso,os exames laboratoriais mostraram elevados níveis do hormônio paratireoidiano.Os achados de hiperparatireoidismo confirmaram o diagnóstico de tumor marrom.A paciente foi submetida à paratireoidectomia total,com re-implante de fragmentos de paratiroides em região peitoral maior à direita,cujo anatomopatológico revelou a presença de hiperplasia.No pós operatório imediato,cálcio sérico de 8,3mg/dL,após 6h:7,4 mg/dL,e no outro dia pela manhã 6,9mg/dL,mantendo reposição de cálcio intravenoso (ev)a 10mL/h,e usado como resgate 1 amp de gluconato de cálcio EV.Mesma dose é usada quando cálcio sérico menor que 7,5 mg/dL.Concomitantemente,iniciou-se calcio 500mg 24 comprimidos ao dia e calcitriol 0,25mg 2 comprimidos.No sexto dia pós-operatório já se observava regressão importante do tumor,com cálcio sérico de 9,7mg/dL sem reposição de cálcio ev.Portanto, em 12 dias evoluiu a óbito por choque séptico de foco pulmonar,mas mantendo níveis adequados de cálcio sérico.Conclusão:Na maioria dos casos,os pacientes apresentam lesão única em relação ao tumor marrom, porém,a paciente apresentou lesão maxilar e torácica.As características clínicas, radiológicas e histológicas das lesões da patologia devem ser analisadas junto à condição sistêmica do indivíduo,a fim de propiciar correto diagnóstico e intervenção precisa.Paciente com boa evolução metabólica após paratireoidectomia,mas,devido imunossupressão da DRC associado a deformidade torácica,além de um procedimento pós cirúrgico e internação hospitalar,evoluiu com pneumonia de germe multirresistente,apresentando um desfecho desfavorável.Porém,com níveis adequados de cálcio sérico sem reposição intravenosa.

Palavras Chave

Tumor marrom; Hiperparatireoidismo secundário; Doença renal crônica; Paratireoidectomia

Área

Nefrologia clínica

Instituições

Fundação Pró rim - Santa Catarina - Brasil

Autores

HELENA MARTINS BALBÉ