Dados do Trabalho
Título
DESFECHOS CLINICOS DE PACIENTES RENAIS CRONICOS EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA SUBMETIDOS A PARATIREOIDECTOMIA EM UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE NO ESTADO DE SAO PAULO
Introdução
A presença de Hiperparatireoidismo refratário é uma condição de grande importância em pacientes em Terapia Renal substitutiva (TRS), que necessitam de tratamento cirúrgico com frequência. O presente trabalho tem o objetivo de avaliar os desfechos de pacientes em TRS diagnosticados com Hiperparatireoidismo refratário, que foram submetidos a Paratireoidectomia (PTX) em um serviço de alta complexidade no interior do estado de São Paulo.
Material e Método
Trata-se de um estudo retrospectivo realizado por meio da análise de prontuários de 44 pacientes submetidos à PTX entre os anos de 2019 e 2022. Foram analisados dados qualitativos e quantitativos, bem como resultados de exames laboratoriais pré e pós-operatórios
Resultados
A maioria dos pacientes era do sexo masculino (60% dos casos), e da raça branca (79% dos pacientes). A idade média dos pacientes na data do procedimento foi de 47,2 ± 11,8 anos. A modalidade de TRS prévia de todos os pacientes foi Hemodiálise. Dentre as causas de Doença Renal Crônica Terminal, a mais prevalente foi a Glomerulonefrite, totalizando 54% dos casos, seguida de Nefroesclerose hipertensiva (11%), Glomerulonefrite Lúpica (11%), e Doença Renal do Diabetes (4% dos casos). O intervalo de tempo médio entre o início da TRS e a PTX foi de 10,9 anos e o valor médio do PTH pré-operatório foi de 2115 ±1022 pg/mL (VR: 15.00 - 65.00 pg/mL). O resultado médio de fósforo foi de 5,5 ± 2,13 mg/dL (VR 2.5 A 4.5 mg/dL), de vitamina D 36,3 ± 13,09 ng/mL (VR: 30.0 A 60.0 ng/mL), e da fosfatase alcalina 622±708,03 U/L (VR 40 - 129 U/L) . Já os valores médios do cálcio ionizado no pré e pós operatório foram, respectivamente, 1,26 ±0,14 mmol/L e 1,04 ± 0,21 mmol/L (VR: 1.10- 1.40 mmol/L). Dos pacientes avaliados, 3 evoluíram com sangramento abundante de ferida operatória, 2 pacientes necessitam de uso de droga vasoativa, sendo um deles para tratamento de choque séptico de foco pulmonar, e 1 paciente com desfecho de óbito. Após 6 meses do procedimento, 14 (31% evoluíram com normalização do PTH, 10 (22%) mantiveram hiperparatireoidismo e 20 (45%) evoluíram com hipoparatireoidismo
Discussão e Conclusões
Apesar da escolha pela realização de PTX subtotal, a maioria dos pacientes evoluiu com PTH fora da faixa terapêutica, ressaltando a grande dificuldade existente para o manejo de tal condição.
Palavras Chave
paratiredoidectomia; doença renal crônica; hiperparatireoidismo
Área
Doença renal crônica
Instituições
FAMERP - São Paulo - Brasil
Autores
ADRYANE REIS NUNES DA SILVA, LUCIANO DA SILVA QUADROS, JOAO ARMANDO PADOVANI, FERNANDA CRISTINA GOMES CAMELO, JOAO FERNANDO PICOLLO DE OLIVEIRA, HORACIO JOSE RAMALHO