Dados do Trabalho
Título
REPOSIÇAO DE IMUNOGLOBULINA EM PACIENTES COM HIPOGAMAGLOBULINEMIA E SINDROME NEFROTICA
Introdução
A Síndrome Nefrótica (SN) é uma glomerulopatia prevalente na faixa etária pediátrica e está associada à elevada morbidade. A infecção tem sido reconhecida como uma importante causa de morbimortalidade nestes pacientes. A célula T tem um papel importante na mudança da síntese de IgM para a síntese de IgG (defeito de troca), levando a níveis séricos reduzidos de IgG e IgA e níveis séricos elevados de IgM e IgE. A depressão do nível de IgG também se deve à sua perda na urina e ao aumento de sua taxa de catabolismo. A hipogamaglobulinemia secundaria leva à maior risco de infecção bacteriana, sendo que a administração de imunoglobulina resulta em diminuição da taxa de infecções bacterianas para um nível igual ao de pacientes com níveis endógenos acima de 600 mg/dL, que cursa com menores taxas de recidivas em pacientes portadores de SN.
Avaliar a resposta de paciente com sindrome nefrótica e hipogamaglobulinemia que realizaram reposição de imunoglobulina.
Material e Método
Foram incluídos no estudo os pacientes portadores de sd nefrotica com hipogamaglobulinemia e em reposição de imunoglobulina que acompanham no ambulatório de um centro terciário.
Resultados
Foram avaliados 15 pacientes, sendo 9 do sexo masculino, com idade média de 9 anos. A maioria apresentava diagnostico de SN corticorresistente (93%), sendo que 73,3% faziam uso de multidrogas. Todos os pacientes receberam infusão de imunoglobulina com esquema de 15/15 dias ou 21/21 dias. Após o inicio do esquema de reposição de imunoglobulina, 76,3% dos pacientes não apresentaram mais infecções secundárias. Quanto a dosagem das imunoglobulinas séricas, 26 % dos pacientes apresentaram aumento de IgM, niveis de IgA normal e com dosagem serica de IgG variando entre 11 a 303 mg/dL.
Discussão e Conclusões
A infusão da imunoglobulina em paciente com este hipogamaglobulinemia, pode diminuir o número de infecções e consequentemente de internações,c orroborando para uma melhor qualidade de vida e um melhor controle da doença.
Porem esse tema ainda necessita de maiores estudos, para melhores protocolos e intervenções serem desenvolvidos.
A reposição de imunoglobulina, não suprime a necessidade de imunossupressão adicional, para controlar a sindrome nefrotica, porém auxilia a diminuir o número de infecções.
Palavras Chave
Agamaglobulinemia, Síndrome Nefrótica, Imunoglobulina,
Área
Nefropediatria
Instituições
Universidade Federal de São Paulo - São Paulo - Brasil
Autores
BRUNA BRACCI VIEIRA SOUZA, BRUNA BARBOSA PIMENTA, FLÁVIA VANESCA FELIX LEÃO, MARIA CRISTINA ANDRADE, MARIA APARECIDA DE PAULA CANÇADO