Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DOS NIVEIS DE VITAMINA D EM PACIENTES RENAIS CRONICOS EM UMA CLINICA DE HEMODIALISE

Introdução

A doença renal crônica (DRC) é sabidamente um fator de risco para a deficiência de vitamina D, fato que aumenta ainda à medida que o paciente evolui nos estágios crônicos da doença, até níveis dialíticos. Essa associação influencia não apenas em disfunção osteometabólica, mas também no surgimento de neoplasias e risco elevado de doenças cardiovasculares. Baixos níveis de vitamina D tem sido relacionados ao aumento da mortalidade tanto na população geral quanto em pacientes em diálise.

Material e Método

O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência de hipovitaminose D em pacientes renais crônicos acompanhados em uma unidade dialítica. Os níveis de 25(OH)D foram dosados em um único momento e realizada análise estatística com o programa GraphPad Prism 8.

Resultados

Foram analisados 231 pacientes em hemodiálise, maiores de 18 anos, com os níveis de 25(OH)D dosados em dezembro de 2022 com uma média de 31,70 ng/ml ± 10,85 e foi observado uma prevalência de deficiência de vitamina D (< 20 ng/ml) de 45,8% e de insuficiência relativa (21-29 ng/ml), 13,8%. Dos pacientes com hipovitaminose, 30,1% tinham deficiência de vitamina D. Nenhum dos pacientes apresentava clinicamente e/ou exames complementares sugestivos de hepatopatia grave e neoplasia maligna. Analisando os níveis gerais de vitamina D entre os sexos, 34,6% dos pacientes do sexo feminino apresentaram deficiência, e os do sexo masculino, 26,3%. Quanto à prevalência de hipovitaminose D, observou-se que 53,8% são do sexo masculino e 46,2% são do sexo feminino (p=0,11). Já a deficiência de vitamina D estava presente em 46,9% do sexo masculino e em 53,1% do sexo feminino (p=0.12).

Discussão e Conclusões

A vitamina D apresenta diversas funções biológicas nos sistemas cardiovascular, osteomuscular e imunológico, sendo diretamente relacionada à alta frequência de distúrbios ósseos graves em pacientes dialíticos. A análise dos dados em nossa unidade de diálise demonstrou hipovitaminose D em 59,6% dos pacientes, majoritariamente no sexo masculino. Nos casos mais graves, observou-se maior prevalência no sexo feminino. Os profissionais responsáveis pelo cuidado da saúde desses pacientes devem estar atentos para corrigi-la, visto todas as complicações inerentes ao quadro. A complementação deve ser realizada sempre que necessário e acompanhado após o tempo de tratamento, pois muitas vezes a reposição neste grupo de pacientes é mais prolongada do que na população geral.

Palavras Chave

Hipovitaminose D ,DRC, Hemodiálise

Área

Ligas acadêmicas

Instituições

Unaerp - São Paulo - Brasil

Autores

LEONARDO KENZO MAEDA, MARCELLA EDUARDA SOUZA BARBOSA, MATHEUS ASSUMPÇÃO COSTA, VANESSA CICCILINI GUERRA MOCHIUTI