Dados do Trabalho


Título

Experiência de punção e autopunção com Buttonhole em pacientes de um centro de hemodiálise em Santo André – São Paulo

Introdução

A nefrologia contemporânea conta com alguns fatores importantes a seu favor, melhor desenvolvimento tecnológico, farmacêutico, clínico e desenvolvimento dos profissionais que trabalham na área, o que proporciona o prolongamento da vida dos pacientes. Porem quando olhamos a vida dos acessos nos deparamos com situações preocupantes e desafiadoras, como de esgotamento do sistema venoso.
O que nos faz pensar e refletir sobre cuidados necessários para tentar mudar este cenário e fazer com que a saúde dos acessos arteriovenosos seja melhor, que na tentativa de fazer uma realidade diferente ainda consigamos melhorar a experiência do paciente frente um tratamento necessário para manutenção de sua vida.
Considerando assim as altas queixas de desconforto dos pacientes com relação as punções dos acessos arteriovenosos, levando em conta os acidentes vasculares e as faltas nas sessões de diálise o estudo em questão vem auxiliar profissionais e gestores de saúde na tomada de decisão referente às técnicas associadas ao tratamento da DRC, que atendam às necessidades dos pacientes em todos os seus aspectos, como conforto, segurança e dor.

Material e Método

Estudo do tipo descritivo, exploratório de abordagem qualitativa e quantitativa, cujo cenário foi um centro de hemodiálise privado, de atendimento ambulatorial, localizado no município de Santo André, estado de São Paulo, Brasil. A pesquisa usou duas fontes de dados, entrevista e o prontuário eletrônico do paciente. O centro possui um total de 269 pacientes em hemodiálise, sendo 155 homens e 114 mulheres. Com uma média de 60 anos do público em geral. Hoje 68,40% dos pacientes possuem algum tipo de acesso arteriovenoso.

Resultados

Dos 269 pacientes, 85 pacientes estão com CVC (31,6%), 36 pacientes com enxerto (13,38%), 148 pacientes com FAV (55,2%). Dos 184 pacientes com acesso arteriovenoso, 113 pacientes dialisam com técnica de punção de buttonhole (61,4%), 35 pacientes dialisam com punção de técnica de área por FAV (19%), 36 pacientes dialisam com técnica de área por enxerto (19,6%).

Discussão e Conclusões

No estudo realizado, demonstrou-se que, com o uso da técnica de buttonhole há uma diminuição da dor e intercorrências com o acesso arteriovenoso, o que prolonga a vida da fistula arteriovenosa e leva a uma melhor qualidade de vida do paciente e experiência frente ao tratamento de diálise. Hoje temos 17.7% de pacientes que realizam a autopunção, os relatos são positivos e conscientes diante da importância que um acesso vascular tem para seu tratamento e sua vida.

Palavras Chave

hemodiálise, buttonhole, autopunção, autocuidado, fístula arteriovenosa

Área

Doença renal crônica

Instituições

DIAVERUM SANTO ANDRÉ - São Paulo - Brasil

Autores

RENATO BERTAGNA, IANNIE OLIVEIRA DA SILVA, ALEX OLIVEIRA DE SOUZA, GIZELE LINS FERREIRA MAFRA, LUCELIA CAMPOS RIBEIRO, MICHELE MENDONÇA DO VALE, MOISES GONÇALVES DAS CHAGAS, RAFAELA FREITAS DE LIMA SILVA