Dados do Trabalho

Título

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDIA EM DOENTES RENAIS CRÔNICOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Introdução

A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em pacientes com doença renal crônica tem sido objeto de estudos recentes. Esses estudos têm investigado a relação entre a disfunção renal e as alterações na VFC, que é uma medida da capacidade do sistema nervoso autônomo em regular o ritmo cardíaco. A literatura atual revela que pacientes com doença renal crônica apresentam uma diminuição na VFC, indicando um desequilíbrio na regulação autonômica do coração. Além disso, evidências sugerem que a diminuição da VFC está associada a um maior risco de complicações cardiovasculares nessa população.

Material e Método

Foi realizada uma revisão sistemática de acordo com as diretrizes do PRISMA, armazenada e analisada no sistema Rayyan. Foram incluídos estudos que investigaram a VFC em pacientes com doença renal crônica. Os estudos foram avaliados quanto à qualidade metodológica e os dados relevantes foram extraídos e analisados.

Resultados

Um total de 1409 estudos foi incluído nesta revisão. Os resultados indicaram consistentemente uma diminuição da VFC em pacientes com doença renal crônica quando comparados a indivíduos saudáveis. Essa diminuição na VFC sugere um desequilíbrio na regulação autonômica do coração nessa população. Além disso, vários estudos observaram uma associação entre a diminuição da VFC e um maior risco de complicações cardiovasculares, como arritmias cardíacas, eventos cardiovasculares adversos e mortalidade cardiovascular. Análises adicionais revelaram que fatores como a gravidade da doença renal, presença de hipertensão arterial, diabetes mellitus e idade avançada podem influenciar ainda mais a redução da VFC em pacientes com doença renal crônica. Além disso, estudos longitudinais sugerem que a diminuição da VFC ao longo do tempo pode estar relacionada ao aumento do risco de progressão da doença renal e desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

Discussão e Conclusões

Apesar das descobertas promissoras nessa área, ainda há lacunas no conhecimento, como a compreensão dos mecanismos subjacentes e a aplicabilidade clínica da avaliação da VFC em pacientes renais crônicos. Portanto, mais pesquisas são necessárias para aprofundar a compreensão sobre a VFC nessa população e seu impacto na saúde cardiovascular dos pacientes renais crônicos.

Palavras Chave

doença renal crônica, transplante renal, dilate, variabilidade da frequência cardíaca