Dados do Trabalho
Título
POLIMORFISMO GENETICO DAS ENZIMAS CONVERSORAS DE ANGIOTENSINA (ECA E ECA2) E SUA CORRELAÇAO COM BIOMARCADORES MOLECULARES NAS DIFERENTES MANIFESTAÇOES CLINICAS DA COVID-19
Introdução
A alta afinidade do SARS-CoV-2 pelo seu receptor, a Enzima Conversora de Angiotensina 2 (ECA2), um componente do Sistema Renina Angiotensina (SRA) é responsável pela alta transmissibilidade do vírus da COVID-19. No entanto, a variação genética nos componentes do SRA pode estar relacionada à gravidade dos sintomas e complicações observadas na COVID-19. Estudos relatam que a ECA2 é a chave para a internalização do SARS-CoV-2 nas células humanas, é provável que o polimorfismo dos genes da ECA e ECA 2, colaborem para a evolução da doença.
Material e Método
Analisar e correlacionar a genética dos polimorfismos I/D da ECA e G8790A da ECA2 à maior suscetibilidade ao desenvolvimento das manifestações clínicas em pacientes com COVID-19, e correlacionar com parâmetros clínicos e bioquímicos e a atividade dessas enzimas. Foram coletados dados de 591 pacientes internados nos Hospitais Aurora e Alfa em Recife -PE e parâmetros demográficos, clínicos e bioquímicos foram avaliados. Amostras de sangue de 10 pacientes foram processadas e um experimento piloto foi realizado analisando os polimorfismos das ECAs por PCR.O polimorfismo da ECA foi classificado como ID, DD e II.O polimorfismo da ECA 2 foi classificado como AA, AG e GG para mulheres e A e G para homens.
Resultados
Os grupos foram divididos em Covid positivo e negativo, sendo 87% positivos, a faixa etária com pacientes positivos esteve entre 40 e 59 anos. No grupo Covid positivo os hipertensos se apresentaram em maior porcentagem (91,1% vs 75,5%) dos casos, assim como diabéticos e obesos. O polimorfismo ID da ECA foi identificado em 5 pacientes, DD em 3 e II em 2. Analisando a ECA 2, 8 pacientes apresentaram o alelo G e 2 pacientes o alelo A
Discussão e Conclusões
Fatores genéticos e a interação podem levar a diferentes sintomatologias e suscetibilidades a doença. A literatura indica que a combinação dos polimorfismos da ECA e ECA 2 pode contribuir para o desenvolvimento da hipertensão, sendo a combinação DD/G o perfil de suscetibilidade, o que acarreta maior quantidade de Angiotensina I convertida em Angiotensina II pela ECA, aumentando os efeitos hipertensivos em relação aos efeitos anti hipertensivos da angiotensina 1-7. No grupo covid positivo observamos mais casos de hipertensos, diabéticos e obesos e o estudo piloto para o polimorfismo, mostrou que os primers escolhidos para ambas as técnicas de PCR produzem resultados consistentes Observamos 80% da presença do alelo D para ECA e 80% do alelo G para a ECA 2 nas amostras estudadas podendo indicar uma correlação .
Palavras Chave
COVID-19, ECA, ECA2, Polimorfismo.
Área
COVID
Instituições
Hospital do Rim - Fundação Oswaldo Ramos - São Paulo - Brasil
Autores
ROBERTO GOMES JUNIOR, ANDREIA CRISTINA FEBBA GOMES, MARINA DE MOURA BELLO, LILIAN CAROLINE GONÇALVES OLIVEIRA, LUCAS MAGRI, LEURIDAN CAVALCANTE TORRES, DULCE ELENA CASARINI