Dados do Trabalho

Título

ADESÃO DOS PACIENTES HIPERTENSOS PÓS-CRISE HIPERTENSIVA

Introdução

A Hipertensão arterial é a mais frequente das doenças cardiovasculares, o que se refere a crise hipertensiva como um conjunto de situações clínicas caracterizadas por um aumento significante da pressão arterial (PA) com diferentes repercussões. Trata-se de ocorrência clínica frequente em pacientes, como o principal fator de risco para as complicações mais comuns como derrame cerebral, insuficiência cardíaca e doença renal. O objetivo do estudo foi verificar a adesão ao tratamento de hipertensão arterial de pacientes que apresentaram um episódio de crise hipertensiva.

Material e Método

Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, transversal, com análise quantitativa. A amostra foi formada por 77 pacientes. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento prévio, que continha informações acerca dos dados sociodemográficos, clínicos, fatores de risco, patologias associadas à HA, investigação das possíveis causas da falta de adesão. Além disso, foi empregado o questionário de Martin- Bayane-Grau (MBG) e o teste de Batalla para verificar e mensurar a adesão. De posse dos dados, estes foram compilados numa planilha do programa Excel 8.0 e processados e analisados com auxílio do programa SPSS, versão 20.0. Todos os princípios éticos foram respeitados.

Resultados

Os resultados apontam que dentre os pacientes 51,95% eram do sexo feminino; a idade variou de 39 a 90 anos; 20,78% eram casados; 70,12% possuíam apenas o ensino fundamental; a renda mensal era inferior a dois salários mínimos, 48,05% não trabalhavam e numero de pessoas por domicílio variou de 3 a 6 indivíduos. Quanto aos fatores de risco, destacou-se o sedentarismo (77,92%) e a obesidade (63,84%). Ressalta-se que 62,34% dos pacientes sabiam da importância do baixo consumo de sal e 58,44% da gordura na sua alimentação diária, porém 9,09% cumprem as indicações relacionadas a dietas. Acerca da compreensão da doença e da utilização dos medicamentos, 29,87% sabiam a dose a ser tomada, 64,94% tinha medo de ficar dependente ou viciado no medicamento e 62,34% tinham medo que o medicamento pudesse fazer mal. Com relação aos resultados do Questionário de MBG, a adesão foi moderada e a média ficou em torno de 36,71 pontos.

Discussão e Conclusões

Logo, diante disso conclui-se que a deficiência da adesão ao tratamento entre os acometidos por hipertensão arterial tem relação direta com diversos fatores associados à falta de informação sobre a terapêutica, o que torna fundamental a ocorrência de práticas de promoção para melhor capacitar esses pacientes.

Palavras Chave

Palavras-chave: Pressão Alta; Crise Hipertensiva; Adesão ao Tratamento.