Dados do Trabalho


Título

ANALISE DO DISTURBIO MINERAL E OSSEO EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO ESPECIALIZADO DE DIALISE PERITONEAL DO DISTRITO FEDERAL.

Introdução

A Doença Renal Crônica (DRC) é um problema de saúde pública, que aumenta exponencialmente, podendo resultar em perda total da função renal, tornando o paciente dependente de terapia renal substitutiva. À medida que progride, aumenta as complicações cardiovasculares e metabólicas, dentre elas o distúrbio mineral e ósseo, caracterizado por desequilíbrio que envolve íons cálcio, fósforo e a estimulação de hormônios da paratireoide. A perda desta homeostase óssea, traz prejuízos a qualidade de vida e riscos de morbimortalidade.

Material e Método

Tratou-se de um estudo transversal, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa, com amostra de 44 pacientes, portadores de DRC, maiores de 18 anos, realizado na unidade de nefrologia situada em hospital público do Distrito Federal, entre agosto e outubro de 2022. O instrumento de coleta utilizado foi elaborado pelos próprios autores e os dados dispostos no software SPSS para análise estatística.

Resultados

Predomínio do sexo masculino 66,7%, com idade acima de 60 anos 33,3%, estado civil casados 61,4%. Predomínio de aposentados 61,4%, nível de escolaridade prevalente: ensino fundamental 43,2%. Renda 1 a 2 salários mínimos 79,5%. Etiologia predominante: Hipertensão Arterial (HAS) 90,9%. 54,5% possuem tempo de DRC entre 1 a 5 anos e tempo de terapia dialítica até 5 anos 70,5%. Quanto aos níveis séricos para dados da DMO, obteve prevalência dos seguintes achados laboratoriais: níveis aumentados de paratormônio, cálcio, fósforo. Contudo, fosfatase alcalina dentro da normalidade.

Discussão e Conclusões

Dados do perfil socioeconômico corroboram com a literatura. Baixo nível educacional e demais problemas sociais tendem a interferir na adesão ao tratamento, tornando-se barreira frente ao entendimento do processo saúde-doença. O tempo de permanência em terapia dialítica se mantendo até 5 anos, correlacionando a estudos que abordam a sobrevida de pacientes em Diálise Peritoneal. Evidenciou HAS como etiologia predominante, em conformidade com a literatura. O aumento dos níveis séricos encontrados nos exames está diretamente associado ao desenvolvimento de calcificação vascular, doença cardiovascular e disfunção óssea. Compreender a prevalência e a natureza dos distúrbios minerais e ósseos, ajuda os profissionais de saúde a melhorar suas intervenções frente a esta complicação, para assim tentar retardar sua progressão e reduzir os possíveis impactos biopsicossociais.

Palavras Chave

Distúrbio Mineral e Ósseo na Doença Renal Crônica, Diálise Peritoneal, Perfil de Saúde.

Área

Doença renal crônica

Instituições

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESCS - Distrito Federal - Brasil

Autores

FELIPE LEONEL VALENTE, VANESSA CAMILA PAIXÃO DOS SANTOS, KARINE CARDOSO LEMOS, DANIELA BASILIO DOS SANTOS, PETHERSON MENDONCA DOS SANTOS