Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO DO POTENCIAL DA TERAPIA COM CELULAS-TRONCO MESENQUIMAIS GENETICAMENTE MODIFICADAS COM KLOTHO, EM COMBINAÇAO A EMPAGLIFLOZINA, PARA MODULAÇAO DA AUTOFAGIA E PRESERVAÇAO MORFOLOGICA E FUNCIONAL DE PODOCITOS EM ANIMAIS BTBR OB/OB

Introdução

A doença renal diabética (DRD) é a principal causa de doença renal crônica em estágio final no mundo, sendo caracterizada, dentre outros desfechos, pelo dano podocitário e proteinúria. A desregulação das vias da autofagia e mTOR são alguns de seus mecanismos fisiopatológicos. Nesse sentido, a terapia celular e gênica com células-tronco mesenquimais (CTMs) e Klotho, em sinergia à Empagliflozina, pode representar uma abordagem eficaz para o tratamento desta doença. Objetivos: Avaliar o potencial da terapia proposta na modulação das vias mTOR, autofagia e do citoesqueleto podocitário

Material e Método

Foram utilizados camundongos machos da linhagem BTBRob/ob em 14-15 semanas e 18-20 semanas de idade. Este é um modelo knockout para o gene da leptina; assim, trata-se de um animal obeso que desenvolve diabetes mellitus e DRD de forma reversível, apresentando hiperglicemia e proteinúria tempo-dependentes. Os animais foram divididos nos grupos controle, Empagliflozina, Restrição Calórica, Restrição Calórica + CTMs, Restrição + CTMs + Klotho e Transplante de gordura. Foram avaliados glicemia e peso dos animais, bem como dados funcionais renais. Também foram realizados RT-qPCR, Western Blotting e análises histológicas. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (Nº.4845-21).

Resultados

A terapia com CTMs reduziu a glicemia (206, 08 mg/dL ± 33,33) dos animais em relação ao grupo controle (408,87 mg/dL ± 39,09) (p<0,05) em 14 semanas. Além disso, os dados sugerem que, aliadas à Empagliflozina e à restrição calórica, as CTMs modulem a autofagia - pois observamos razão LC3-II/LC3-I maior neste grupo (1,384 ± 0,373) em comparação ao controle - e via mTOR, visto que a expressão gênica de Rictor neste grupo foi maior (5, 582 ± 1,800) do que a do grupo BTBR ob/ob (3,269 ± 0, 909) em relação aos animais wild-type. Os dados também sugerem elevação dos níveis proteicos de Klotho em 18-20 semanas no grupo de CTMs (1,72 ± 0,286) em comparação ao grupo controle.

Discussão e Conclusões

As CTMs aparentam desempenhar função na modulação das vias de autofagia e mTOR, bem como na glicemia, neste modelo animal, quando aliadas à Empagliflozina e restrição calórica, embora os efeitos sejam tempo-dependentes.

Palavras Chave

Doença Renal Diabética, Células-Tronco Mesenquimais, Klotho

Área

Doença renal crônica