Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO ENTRE OS INDICADORES DE ENGAJAMENTO DO PACIENTE AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE UM AMBULATORIO POS TRANSPLANTE RENAL DE UM HOSPITAL REFERENCIA EM TRANSPLANTE RENAL

Introdução

O transplante renal (TX) é uma via de tratamento que proporciona melhor qualidade de vida aos portadores de doença renal crônica, contudo, estes continuam convivendo com uma condição que requer adaptações no cotidiano e acompanhamento em consultas de rotina.(1,2,3) Os enfermeiros do ambulatório pós-TX de um hospital de referência em TX são responsáveis por estes ajustes juntamente ao paciente durante as consultas de enfermagem (CE) através de ações educativas voltadas ao autocuidado e ao reforço da importância de seguir o esquema terapêutico medicamentoso proposto. Neste sentido, entende-se que o enfermeiro é peça fundamental na educação continuada dos pacientes e cada vez mais utiliza ferramentas validadas para direcionar o cuidado de forma segura.(4,5,6) O objetivo deste trabalho é comparar o resultado de dois instrumentos da assistência de enfermagem: o Programa de Alta (PA) e a Alta da Consulta de Enfermagem (ACE).

Material e Método

Método: Estudo transversal, descritivo, observacional e de abordagem quantitativa realizado no Ambulatório Pós-TX de um hospital referência em TX localizado na cidade de São Paulo. Foram incluídos 659 pacientes e houve aplicação dos instrumentos de Programa de Alta (PA) e Alta da Consulta de Enfermagem (ACE) para todos. Os dados foram analisados estatisticamente de forma descritiva.

Resultados

Resultados: Dentre os incluídos, 60% apresentaram boa compreensão sobre sua terapia medicamentosa no momento de aplicação do PA que contempla conhecimentos sobre a função, dose e frequência dos medicamentos de uso contínuo. Após três meses de consultas de enfermagem, 84% apresentaram boa compreensão sobre sua terapia medicamentosa.

Discussão e Conclusões

Discussão: Os enfermeiros aplicam o PA na primeira CE após o TX objetivando avaliar, dentre outros pontos, o grau de entendimento do paciente sobre sua terapia medicamentosa. Após três meses de consultas periódicas, há aplicação do instrumento de ACE para avaliar novamente o grau de entendimento do paciente, porém, após as intervenções educacionais empregadas pelos enfermeiros. O protocolo de ACE visa diminuir a subjetividade entre os enfermeiros no momento da alta do paciente da CE e engloba o instrumento validado BAASIS(7), bem como a percepção do enfermeiro para garantir altas mais seguras. Conclusão: Conclui-se que após as CE houve melhora significativa do conhecimento dos pacientes acerca da terapia medicamentosa, o que reforça a importância deste processo no desenvolvimento do autocuidado do portador de doença renal crônica.

Palavras Chave

transplante renal, aderência, enfermagem

Área

Multiprofissional: Enfermagem

Instituições

Hospital do Rim - São Paulo - Brasil

Autores

ALINE SANTOS HARTMAN, SOFIA PALAGI, POLIANA PEDROSO LASANHA, KARINA DA SILVA MACEDO, QUELI CRISTINA SULA DE OLIVEIRA GARCIA, NATAN ALVES CORDEIRO, VALERIA CARVALHO LEITE, JOSE OSMAR MEDINA PESTANA