Dados do Trabalho
Título
TRANSPLANTE RENAL PEDIATRICO: RESULTADOS DE CENTRO UNICO BRASILEIRO EM 18 ANOS
Introdução
Traçar o perfil dos transplantes renais pediátricos no Hospital do Rim em 18 anos. Analisar sobrevida do enxerto, do paciente e desfecho de rejeição
Material e Método
Estudo retrospectivo e descritivo, com pacientes < 18 anos, transplantados entre ago/1998 e dez/2015. Dados obtidos de banco de dados eletrônico. Os pacientes foram divididos por idade (2-5; 6-12 e 13-17 anos) e eras (1998-2004; 2005-2009 e 2010-2015). Os principais desfechos sobrevida do enxerto, paciente e rejeição no primeiro ano foram comparados entre faixas etárias e eras
Resultados
Realizados 886 transplantes, com aumento expressivo de transplantes com doador falecido no período. A média de idade foi 12.2 ± 4.2 anos, com 56% masculino e 60% brancos. A causa mais comum de doença renal crônica foi urológica. A terapia de substituição renal (TSR) mais utilizada foi a hemodiálise (59%) e o tempo médio de TSR até o transplante, teve tendência a redução ao longo das eras (26 para 21 meses). O regime de imunossupressão mais utilizado foi tacrolimus, prednisona e azatioprina (67%). Incidência de rejeição aguda tratada, em 1 ano, foi 18% e mais prevalente entre os adolescentes (23%). Sobrevida do paciente em 1, 5, 10 e 15 anos foi 98%, 96%, 92% e 91% respectivamente. Sobrevida do enxerto para doador vivo foi 94%, 88%, 76%, 60% e, para doador falecido, 89%, 77%, 65% e 53% em 1, 5, 10 e 15 anos respectivamente. Separando por faixa etária a sobrevida do enxerto no primeiro ano é melhor no grupo de 13 a 17 anos com 92% e menor no grupo de 2 a 5 anos com 85%, quando censorado por óbito a sobrevida do enxerto permanece melhor na faixa etária de 2 a 5 anos e é comparável aos outros grupos etários. Comparando-se eras, houve tendência de melhora da sobrevida do enxerto em 1 ano, principalmente com doador falecido que passou de 86% na era 1 para 92% na era 3
Discussão e Conclusões
Resultados com número expressivo de transplantes que são comparáveis aos da literatura e mostra-se como a TSR mais indicada para a pediatria, visto que sobrevida do paciente é satisfatória em longo prazo. Sobrevida do enxerto em 1 ano evoluiu positivamente ao longo das eras, principalmente para doadores falecidos. Há diferenças dentro da pediatria quando comparamos as diferentes faixas etárias o que reforça a particularidade de cada um desses grupos. Incidência de rejeição ainda é alta entre os adolescentes. Esforços devem ser direcionados para encaminhamento precoce da criança com DRC para transplante, intensificar o cuidado com adolescentes e melhorar a sobrevida em longo prazo
Palavras Chave
Transplante renal, nefrologia pediátrica, sobrevida, rejeição
Área
Transplante
Instituições
Hospital do Rim - São Paulo - Brasil
Autores
SUELEN BIANCA STOPA MARTINS, LUCIANA FATIMA PORINI CUSTODIO, SUZANA FRIEDLANDER DEL NERO, MARINA PONTELLO CRISTELLI, LUCIANA SANTIS FELTRAN, PAULO CESAR KOCH-NOGUEIRA, HELIO TEDESCO-SILVA, JOSE MEDINA-PESTANA