Dados do Trabalho

Título

MODELO DE PREDIÇÃO DE RISCO PARA SOBREVIVÊNCIA APÓS TRANSPLANTE CARDÍACO: UM ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVO UNICÊNTRICO

Introdução

O transplante cardíaco (TxC) é o principal tratamento para insuficiência cardíaca terminal, no entanto, alguns pacientes submetidos a TxC continuam a apresentar mortalidade desproporcionalmente alta. Objetivo: Investigar quais variáveis clínicas estão relacionadas com a mortalidade precoce após o TxC.

Material e Método

Foi conduzido um estudo do tipo coorte retrospectiva, unicêntrico, realizado a partir da análise do banco de dados e prontuários eletrônicos de 55 pacientes submetidos TxC entre maio de 2019 e abril de 2023

Resultados

Dos 55 pacientes o número de sobreviventes após o TxC foi de 36 pacientes (65,45%), sendo 26 do sexo masculino e 10 do sexo feminino. Com o desfecho de óbito durante a internação, foi ajustado um modelo de regressão logística considerando as demais variáveis como explanatórias. O modelo de regressão por Stepwise inicial foi ajustado e as demais variáveis influenciadoras foram sendo adicionadas para determinar os fatores de risco. Neste estudo encontramos que o aumento da creatinina no pós-operatório imediato (primeiras 24 horas) foi um fator de risco forte para mortalidade durante a internação, mostrando significância estatística em todos os modelos de regressão (p= 0,0082), assim como a pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) associada ao sexo, o índice de massa corpórea (IMC) aumentado e idade (p= 0,0415). Ao realizar a curva ROC com o delta do aumento da creatinina no primeiro pós-operatório em relação ao valor basal, encontramos o ponto de corte de 0.35 mg/dL (figura 1). Nesse ponto, a sensibilidade é de 0,765 e a especificidade é de 0,909 (área sob a curva: 0,908)

Discussão e Conclusões

A presença do aumento da creatinina igual ou superior a 0,35 mg/dL nas primeiras 24 horas após TxC está associada ao aumento das taxas de mortalidade precoce, assim como a PSAP, IMC e idade.

Palavras Chave

Transplante Cardíaco. Insuficiência Cardíaca. Creatinina