Dados do Trabalho


Título

EFEITOS DA DENERVAÇAO ESPLENICA NA HIPERTENSAO RENOVASCULAR EXPERIMENTAL

Introdução

A hipertensão renovascular é uma das principais causas de hipertensão secundária. Nesta condição, a diminuição do fluxo plasmático renal ativa cronicamente o sistema renina-angiotensina-aldosterona, promovendo a hipertensão arterial sistêmica (HAS). Estudos recentes apontam que a hiperativação do sistema imunológico, pode atuar no desenvolvimento da hipertensão neurogênica. Sabe-se que a atividade nervosa simpática esplênica (ANSe), ao coordenar a proliferação de células T e a migração de macrófagos para a zona marginal esplênica, exerce um importante papel na modulação da resposta imune e inflamatória sistêmica da HAS. Consequentemente, a avaliação da atividade simpática para o território esplênico torna-se um alvo interessante no desenvolvimento da HAS. Neste estudo utilizou-se o modelo de hipertensão renovascular de Goldblatt (2 rins, 1 clip – 2R1C) caracterizado por inflamação sistêmica e exacerbação simpática.
Objetivo: Avaliar os efeitos da denervação esplênica no modelo de hipertensão renovascular (2R1C)

Material e Método

Foram utilizados ratos Wistar (150-180g), avaliados nos grupos experimentais: controle (CTRL, n=5), hipertenso (2R1C, n=5), hipertenso com denervação esplênica (2R1C-DXe, n=5), e controle com denervação esplênica (DXe, n=5). A HAS foi induzida através da clipagem da artéria renal esquerda para obstrução parcial do fluxo sanguíneo renal. Para a denervação esplênica (DXe), os animais controle e hipertenso foram submetidos à secção da inervação esplênica, seguido pela aplicação local de fenol 10% em torno da artéria esplênica. Para registro da atividade basal do nervo esplênico os animais foram anestesiados com Uretana (EV).

Resultados

Observou-se um aumento da PAM dos animais 2R1C em relação aos animais controle (189±13 x 108±19 mmHg). A ANSe apresentou-se elevada nos animais hipertensos em comparação aos animais controle. Ademais, a denervação esplênica reduziu a HAS nos animais 2R1C-DXe (163±19 mmHg) quando comparado aos animais do grupo 2R1C.

Discussão e Conclusões

A HAS altera a ANSe que participa na manutenção do estado hipertensivo, estabelecendo possível correlação entre inflamação e hipertensão. A redução da hipertensão no grupo denervado esplênico permite aventar que a ANSe corrobora para o estado hipertensivo neste modelo. A avaliação, em andamento, da citoarquitetura esplênica e do perfil inflamatório, poderá elucidar os mecanismos envolvidos na resposta hipotensora observada com a denervação esplênica nos animais 2R1C-DXe.

Palavras Chave

Atividade simpática esplênica, hipertensão, hipertensão arterial, arterial, vasomotora, simpática

Área

Ciências básicas

Instituições

Escola Paulista de Medicina - UNIFESP - São Paulo - Brasil

Autores

VINÍCIUS CAVALCANTI DINIZ, GUSTAVO DOS REIS MARTINS, STEPHANIE FURTADO GEROLIN , ALEXANDRE SIMÃO BIQUIZA, RUY RIBEIRO DE CAMPOS JUNIOR, CASSIA MARTA DE TOLEDO BERGAMASCHI