Dados do Trabalho


Título

PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA INFECTADOS PELO SARS-COV2: AVALIAÇAO DE DESFECHOS.

Introdução

A pandemia por COVID-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em Março/2020, levou à cerca de 7 milhões de óbitos em todo o mundo. A Doença renal crônica (DRC) foi considerada um fator de risco importante para desfechos desfavoráveis na vigência de infecção pelo SARs-COV2. Bem como, os pacientes portadores de DRC em terapia renal substitutiva (TRS) apresentam maior taxa de mortalidade por COVID-19, quando comparados à população geral. Objetivo: Avaliar os fatores associados ao óbito em pacientes portadores de DRC em TRS que foram infectados pelo vírus Sars-Cov 2 no período entre Março/2020 a Março/2022, em hospitais públicos de município do interior de São Paulo (SP).

Material e Método

Coorte retrospectivo que avaliou pacientes portadores de DRC em TRS em dois hospitais públicos do interior de SP. Foram incluídos pacientes com mais de 18 anos, em TRS, que apresentaram COVID-19 no período de Março/2020 a Março/2022. Excluídos pacientes sob Injúria renal aguda. Foram coletados dados clínicos, laboratoriais e demográficos e avaliados quanto ao desfecho óbito.

Resultados

Estudados 112 pacientes, sendo 52,6% homens, 58% tinham idade superior a 60 anos, 50,9% eram diabéticos, 39,3% eram portadores de Doença arterial coronariana (DAC) e 30% eram obesos. Na avaliação por meio do Teste Qui-quadrado, Diabetes melitus e DAC tiveram associação com óbito dos pacientes. Contudo, tal associação não persistiu na análise multivariada (Regressão logística múltipla), em que apenas o nível de albumina se apresentou como fator de proteção para o óbito [0,10 (0,01-0,97)].

Discussão e Conclusões

Estudos sugeriram que pacientes dialíticos possuem fatores de proteção contra a tempestade de citocinas causada pelo vírus, além de diminuição da Enzima Conversora de Angiotensina 2, mas ainda assim, são mais suscetíveis a se contaminarem devido ao ambiente dos centros de diálise, e, a despeito dessa proteção fisiopatológica, assim que adquirem o vírus, a taxa de mortalidade desses indivíduos é maior quando comparados com a população geral, em torno de 14,2 %6. Assim como visto em outras situações, nosso estudo mostrou associação inversa entre a condição nutricional dos pacientes infectados pelo SARs-COV2 e o risco de óbito dos mesmos por essa condição. Conclusão: Pacientes portadores de DRC em TRS, infectados pelo SARs-COV2, que apresentavam maiores níveis de albumina, tiveram menor risco de evolução para o óbito em decorrência da COVID-19.

Palavras Chave

COVID-19; SARs-COV2; Terapia renal substitutiva; Doença renal crônica

Área

COVID

Instituições

Universidade Nove de Julho (Uninove) - Campus Bauru - São Paulo - Brasil

Autores

JÉSSICA ANDRADE FILGUEIRAS, BÁRBARA VITÓRIA RIBEIRO FREIRE, REBECA MOREIRA LEANDRO, GABRIELA MOREIRA LEANDRO, CRISTIANE BITENCOURT DIAS, DAYANA BITENCOURT DIAS