Dados do Trabalho


Título

INTOXICAÇAO POR ALUMINIO, DMO-DRC E OSTEOPOROSE NO TRANSPLANTE RENAL: UM DESAFIO TERAPEUTICO

Relato do Caso

Introdução: O diagnóstico e o manejo do DMO-DRC no TxRenal é desafiador. Objetivo: Relato de caso de paciente (pct) e intoxicado com alumínio (Alu) e Fe (Fe) após 7a de Tx fígado-rim (TxFR) e difícil manejo da DMO-DRC. Métodos: Dados obtidos em revisão de prontuário, análise de BxÓssea e DEXA. Resultados: ♂, 67a, DAC, HPTS à DRC. TxR em 1996 evoluiu com perda do enxerto em 2001 e retorno a TRS. PTX total em 2005 com reimplante da glândula devido a hipoparatireoidismo (hipoPT) associado a hipoCa++. TxFR em 2007; evoluiu com hipoPT persistente pós-Tx, Cr 1,7mg/dL, PTH 6pg/mL, CaTc 8,76mg/dL P 4,5mg/dL e FAT 156 UI. 2012 mantinha o hipoPT c/ hipoCa++ sintomática (CaT 7,8mg/dL/ CaI 1,04mmol/L), 25OHD 65 ng/dLe DEXA CLombar (CL) T -2,5 (0,815g/cm2), CFêmur (CF) T -2,1 (0,657g/cm3); BxO c/ OTP e DOA, depósitos de Alu e Fe. Após 2a de Teriparatida (TPT): PTH 625pg/mL, CaI:0,96mmol/L, CaTc 7,66mg/dL; P 3,6mg/dL, DEXA CL T -2,2 (0,85g/cm3) e CF T -2,1 (0,639g/cm3), BxO mostrou OF, ausência de Fe e Alu. 2018 pcte usou por 2a Denosumabe (DNZMB), devido ausência de melhora da DMO e impossibilidade de uso de TPT ou mesmo de outros anti-reabsortivos. 2021 pacte mostrava DEXA CL T -1,0 (1,055g/cm3) e CF T -2,0 (0,761g/cm3). Em vista do risco de fraturas, impossibilidade de outras drogas e da manutenção do DNZMB, que seria prejudicial para a remodelação óssea, optou-se por Romosozumabe (RMZMB), observando-se após 7m DEXA c/ CL T -0,6 (1,111g/cm³) e CF T -1,7 (0,800g/cm³). Discussão: É raro após 7a de TxR funcionante observar-se pactes c/ intoxicação óssea p/ Alu e Fe. Neste caso, justificadas por remodelamento ósseo inativado (DOA) e OTP. Das drogas disponíveis, a única passível de uso era o TPT (droga anabólica), resultando na resolução da intoxicação p/ Alu e Fe e da histologia óssea. Apesar da melhora da DMO, não houve resolução da OTP. Impossibilitados de retomar TPT, optamos por DNZMB (droga anti-reabsortiva catabólica) não resultando em melhora significativa e piora da hipoCa++. Sabendo-se da possível retomada da DOA, optamos pela introdução de RMZMB (Ac anti-SOST: um inibidor de osteoclastos/estimulador de osteoblastos, obtendo-se melhora da DMO. Conclusão: O manejo da OTP na DRC é complexa. Intoxicação p/ Alu e Fe é exceção em pactes c/ função renal preservada. A remodelação óssea baixa impediu o clareamento dos mesmos. O TPT foi crucial para remoção dos metais e melhora da histologia óssea. O RMZMB é uma nova opção para pactes com este perfil histológico.

Palavras Chave

transplante renal, dmo-drc, osteoporose, intoxicação por alumínio

Área

Doença renal crônica

Instituições

Hospital de Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - São Paulo - Brasil

Autores

CAROLINA KATH LUCCA, LARA ELIDA GUAZZELLI FREITAS, ANA PAULA ANAISSI MENDES, KARINA ALVES MELO, GABRIELLE LIMA ALVES, FERNANDA VASQUES ANDRES, LEANDRO JUNIOR LUCCA