Dados do Trabalho
Título
ANALISE DOS PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA NO BRASIL EM 2021 POR MEIO DA COLETA DE DADOS DO DATASUS
Introdução
As informações disponíveis sobre terapia renal substitutiva (TRS) são essenciais para ofertar e utilizar da melhor forma os recursos disponíveis para esta terapia. O DATASUS pode ser uma fonte destas informações. A autorização de procedimentos de alta complexidade (APAC), emitida mensalmente para fins de faturamento, para todo paciente que realiza TRS no SUS, contém informações clínicas e epidemiológicas dos pacientes dialíticos crônicos, são representativas e com poder de generalização, uma vez que 81,8% da população dialítica crônica brasileira tem seu tratamento financiado pelo SUS .
O objetivo deste trabalho foi analisar as informações clínicas e epidemiológicas da população em TRS no ano de 2021, disponíveis no DATUSUS, a fim de gerar indicadores em saúde que possam contribuir para um melhor entendimento e análise da população brasileira com doença renal crônica dialítica.
Material e Método
População de estudo – foi a população brasileira que realizou hemodiálise pelo SUS no ano de 2021. Os microdados foram obtidos através do programa R (versão 4.2.1), com o pacote microdataSUS, nas informações disponíveis nas APACs.
Considerações Éticas - A base de dados do DATASUS é anonimizada e publicamente disponível sendo dispensada a solicitação ética.
Coleta de Informações - Os dados sobre a TRS foram recuperados da base de dados ambulatorial do DATASUS do componente especializado ambulatorial para registro dos pacientes de hemodialise (SIA-ATD). Para a análise do número de casos foi considerado o período de 2021 (01 de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2021).
Resultados
O número de pacientes em terapia de substituição renal no SUS no ano de 2021 foi de 156.428 pacientes. Desses pacientes, 45% na região sudeste. A idade média dos pacientes foi de 58 anos, com predomínio do sexo masculino (58%); 95% dos pacientes estavam em hemodiálise e 4.5 % em diálise peritoneal. Em relação ao acesso vascular para hemodiálise, 15% dos pacientes estavam com catéter temporário, 35% com catéter tunelizado e 60% com fístula arteriovenosa (FAV). A mortalidade anual foi de 14%.
Discussão e Conclusões
Encontrado maior número de pacientes em TRS e maior frequencia de uso de catéter venoso central, quando comparado ao censo da SBN de 2021. Houve maior sobrevida dos paciente que tinham FAV como acesso vascular (p<0.001).
As informações do DATASUS são relevantes e podem sem complementares ao censo da SBN.
Palavras Chave
terapia renal substitutiva, hemodiálise, diálise peritoneal, DATASUS
Área
Doença renal crônica
Instituições
Hospital das Clínicas de Botucatu - São Paulo - Brasil
Autores
GUILHERME PALHARES AVERSA SANTOS, ABNER MACOLA PACHECO BARBOS, JULIANA TEREZA CONEGLIAN DE ALMEIDA, JULIANA MACHADO RUGOLO, LUCAS FREDERICO ARANTES , NAILA CAMILA DA ROCHA, MARILIA MASTROCOLLA CARDOSO DE ALMEIDA, MÔNICA APARECIDA DE PAULA DE SORDI , LUIS GUSTAVO MODELLI DE ANDRADE