Dados do Trabalho
Título
ESTUDO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES RENAIS CRONICOS EM TRATAMENTO HEMODIALITICO ATENDIDOS NO SERVIÇO DE NEFROLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITARIO DO AMAZONAS
Introdução
A doença renal crônica (DRC) resulta da perda parcial ou total da função excretora dos rins e consequentemente exigirá tratamento conservador, dialítico ou transplante renal. Após instalada, a DRC, pode gerar inúmeros comprometimentos à saúde e à qualidade de vida (QV) dos pacientes. A QV é representada por ampla dimensionalidade que envolvem aspectos físicos, psicológicos, sociais e ambientais, dentre outros.
Material e Método
foram avaliados 99 pacientes, atendidos no serviço de nefrologia, no período de maio a dezembro de 2022, por meio de aplicação de questionário sociodemográfico e clínico e do instrumento para avaliação da QV - Medical Outcomes Short-form Health Survey (SF-36), que possui escala multi-itens e avalia oito diferentes dimensões de saúde: capacidade funcional, aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Foram selecionados pacientes com idade igual ou maior a 18 anos, com mais de 3 meses de tratamento hemodialítico e que possuíam boas condições cognitivas para responder as perguntas da pesquisa. A pesquisa foi autorizada pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do Hospital Universitário do Amazonas (n.:23531.011506/2021-84) e pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal de São Paulo-UNIFESP (n: 0071/2022. Parecer: 5.411.015).
Resultados
Foram avaliados 99 pacientes dos quais 50,88% com idade superior a 50 anos, 52,5% do sexo masculino, 48,5% casados, 80,8% inativos profissionalmente, 61,6% com nível médio de escolaridade, 57,1% não possuíam cuidador, 50,5% sem transporte próprio, 5,28 tratam Hipertensão Arterial Sistêmica há mais de 3 anos, 7,33 tratam Diabetes Mellitus há 10 anos, 3,6 estão em tratamento hemodiálitico a mais de 3 anos, 92,9% usam a Fístula Artério-Venosa como acesso, 2,32 necessitaram fazer troca de acesso devido baixo fluxo sanguíneo ou obstrução, 1,95 precisaram fazer pelo menos 1 hemotransfusão durante sessão de hemodiálise, 7,1% eram pacientes transplantados renais que perderam o enxerto e retornaram para hemodiálise.
Todos os escores de QV mostraram-se muito comprometidos e as dimensões com valores médios abaixo de 50 pontos foram: aspectos físicos 19,7; aspectos emocionais 25,2; capacidade funcional 35,1 e estado geral de saúde 46,6.
Discussão e Conclusões
Todas as dimensões da QV dos pacientes com DRC em tratamento hemodialítico estão comprometidas, aspectos físicos e emocionais muito abaixo. Medidas a curto e médio prazo precisam ser tomadas para a melhoria da QV dos pacientes
Palavras Chave
Doença renal crônica; Hemodiálise; Qualidade de vida
Área
Doença renal crônica
Instituições
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - São Paulo - Brasil
Autores
CRISTIANE PEREIRA SOUZA, ANGÉLICA GONÇALVES SILVA BELASCO, ANA MATILDE MELIK SCHARAMM