Dados do Trabalho

Título

HIPERTENSAO ARTERIAL SITOLICA EM PACIENTES MUITO IDOSOS EM HEMODIALISE

Introdução

INTRODUÇÃO: Estima-se que, em 2050 aproximadamente 30% da população brasileira vai ser de idosos. Existem grupos de riscos que desenvolvem a doença renal crônica (DRC) e neles podem-se incluir pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM), DRC prévia e, sobre tudo, a população idosa. A DRC esta relacionada com altas taxas de morbimortalidade, com grande impacto socioeconômico e na saúde pública, devido a sua alta incidência e ao custo da terapia renal substituição.

Material e Método

MATERIAL E METODOLOGIA: Estudo prospectivo e analítico, de pacientes idosos em hemodiálise, através de análise de dados contidos em programa de software em unidade de diálise. Foram analisados os seguintes parâmetros clínicos para definir a adequação da hemodiálise em idosos: percentual de remoção de uréia (URP) maior ou igual 65% e índice de eficiência de diálise (kt/V) maior ou igual 1,2. Na amostra foram divididos os idosos em três categorias de faixa etária de 60-69 anos, de 70-79 e maior que 80 anos para análise de adequação da hemodiálise e sua relação hipertensão arterial sistólica (PAS igual ou superior a 145 mmHg).

Resultados

RESULTADO: O número de pacientes em hemodiálise no serviço foi de 81 pacientes, (42) 52% eram idosos. A média de idade foi de 71,7 anos (60 – 86 anos), sendo (23) 55% do sexo masculino. A URP maior ou igual 65% ocorreu em (33) 79,6% e o Kt/V maior ou igual 1,2 ocorreu em (31) 73,8% dos idosos e ambos os métodos não tiveram significado expressivo entre as faixas etárias dos idosos. A hipertensão arterial sistêmica ocorreu 41 idosos e desses (24) 57,14% com hipertensão arterial sistólica igual ou superior a 145 mmHg. Desses 24 idosos, (20) 83,33% tiveram adequação de hemodiálise ideal. Dos (9) idosos > 80 anos com hipertensão arterial sistólica, (2) 18,2% tiveram URP e Kt/V < 65% e < 1,2 respectivamente.

Discussão e Conclusões

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: A relação entre os métodos não teve diferença estatística entre um ou outro método para predizer adequação da hemodiálise em idosos com hipertensão arterial sistólica até a faixa etária de 70-79 anos, mas em idosos > 80 anos tivemos 81,8% com URP e Kt/V normais, demonstrando que a adequação da hemodiálise não está relacionada com o controle clínico da hipertensão arterial sistólica na faixa etária > 80 anos. Necessitamos de diretrizes clínicas e condutas clínicas baseadas em evidências para controle desses idosos > 80 anos com tratamento dialítico.

Palavras Chave

hipertensão arterial sistólica, muito idoso, adequação da hemodiálise