Dados do Trabalho


Título

INFLUENCIA DA ATIVIDADE FISICA E DA SUPLEMENTAÇAO DE VITAMINA D NA EVOLUÇAO CLINICA DE NEFROPATAS CRONICOS NAO DIALITICOS

Introdução

A Doença Renal Crônica (DRC) pode cursar com deficiência de vitamina D, com complicações clínicas associadas a esta condição. A atividade física regular (AFR) pode promover benefícios no metabolismo da vitamina D, assim como na condição clínica da DRC. O objetivo do estudo foi verificar se a atividade física regular e a suplementação de vitamina D promove melhora na evolução de pacientes com DRC.

Material e Método

Coorte histórica retrospectiva, com dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais da primeira e última consulta ambulatorial de nefropatas crônicos em tratamento conservador (estagio 3 a 5), entre 2005 e 2019, em um ambulatório de Nefrologia. Função renal avaliada pela taxa de filtração glomerular (TFG) estimada (CKD-EPI). Considerado níveis séricos da fração ativa da vitamina D adequados >30. O grau de atividade física foi avaliado pelo questionário Internacional de Atividade Física, considerando como sedentários, ou de acordo com o grau de intensidade da atividade física. Significativo se p<0,05.

Resultados

Foram avaliados 300 pacientes DRC, 61±7,8 anos, sexo feminino (n=187, 62,3%), brancos (n=181, 60,3%), dislipidemia (n=249, 83,0%), HAS (n=192, 64,0%), DM (n=94, 31,3%), obesidade (n=141, 47,0%), tabagistas (n= 62, 20,7%) e com hipovitaminose D (n=195, 65,0%). Inicialmente verificou-se baixa AFR (n=65, 21,7%). Houve incremento no número de pacientes com AFR, com redução do número de sedentários (p<0,01) e aumento (p<0,01) no número de pacientes ativos ou muito ativos. Ao início do acompanhamento apresentavam valores elevados (p<0,001) de colesterol total e LDL, triglicérides, ácido úrico, com redução dos valores (p<0,0001) após medidas terapêuticas. Também se observou melhora (p<0,01) na concentração de vitamina D, assim como na AFR (n= 157, 52,3%). Também se verificou que menores valores de vitamina D se associaram com pior (p<0,01) função renal (ureia, creatinina e TFG). Valores elevados de pressão arterial e índice de massa corporal com melhora (p<0,01) dos parâmetros ao término do acompanhamento, em especial com valores de vitamina D>30 e com AFR. Acompanhamento ambulatorial de 6,1±1,8 anos. A AFR também se associou com melhora (p<0,01) no controle pressórico e glicêmico.

Discussão e Conclusões

As medidas terapêuticas associadas a atividade física regular e a suplementação de vitamina D promoveram melhora nos parâmetros clínicos e laboratoriais de pacientes com DRC.

Palavras Chave

Doença Renal Crônica, Vitamina D, Atividade Física.

Área

Doença renal crônica

Instituições

UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ - São Paulo - Brasil

Autores

LUMA HUSSEIN SALEM, FELIPE GUIMARÃES KANDA, GILSON FERNANDES RUIVO