Dados do Trabalho


Título

EXTRUSAO DE ESFERA DE MEDPOR

Resumo

Os implantes orbitários surgiram da necessidade de repôr o volume orbitário perdido com a remoção total (enucleação) ou parcial (evisceração) do globo ocular, evitando assim o aspecto de enoftalmia resultante destas cirurgias, devendo ser colocados, sempre que possível, no primeiro tempo cirúrgico.
O implante sintético de polietileno poroso (Medford), foi introduzido como implante orbitário em 1991, é biointegrável como a hidroxiapatita, possibilitando o crescimento de vasos para o seu interior.

Masculino, 31 anos, com histórico de acidente com arma de fogo (PAF) em 2019 atingindo ambos os olhos e evoluindo para evisceração bilateral.
Ao exame: Sem percepção luminosa (SPL) em ambos os olhos.
À biomicroscopia: À direita: Presença de esfera em processo de extrusão. À esquerda: Visualização de esfera por transparência da conjuntiva.
Foi retirado o implante em cavidade orbitária direita em caráter de urgência em bloco cirúrgico e enviada para cultura.

O implante de Medpor apresenta uma superfície rugosa e pode ocorrer atrito entre a prótese e a conjuntiva, provocando erosões que podem evoluir com exposição do implante.
Porém, pode ser revestido com tecido autólogo, protegendo a conjuntiva e a cápsula de Tenon do atrito entre a superfície rugosa do implante e a prótese.
Ainda há controvérsia se o implante de Medpor deve ser revestido ou não.

Área

Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais

Instituições

Instituto de Olhos Ciências Médicas - Minas Gerais - Brasil

Autores

NICOLE VASCONCELOS CIOTTO, VICTOR MARQUES DE ALENCAR, INGRID VASCONCELOS CIOTTO, DEBORAH CRISTINA DA SILVA CARDOSO