Dados do Trabalho


Título

OCLUSAO MISTA DA RETINA SECUNDARIO A NEURORRETINITE POR BARTONELLA HENSELAE

Objetivo


Descrever caso de oclusão mista secundário a neurorretinite por Bartonella.

Relato do Caso

Paciente sexo masculino, 46 anos, atendido no pronto socorro com queixa de baixa acuidade visual em olho esquerdo (OE) há 3 dias. Negou trauma ocular ou cirurgias oftalmológicas prévias. Ao exame, acuidade visual corrigida de 20/20 em olho direito e conta dedos a 2 metros em OE. À biomicroscopia, OE com hiperemia, reação de câmara 3+, 2+ de celularidade no vítreo anterior. Pressão intraocular de 12 mmhg. No mapeamento de retina, observado edema de disco óptico, hemorragias em chama de vela em arcada temporal superior e nasal, vasos tortuosos, vasculite periférica e manchas de roth em retina temporal e nasal, retina pálida e edemaciada em metade superior da mácula. Tomografia de coerência óptica em OE evidenciou depressão foveal ausente, edema da retina interna, retina externa preservada. Considerada hipótese inicial oclusão venosa de hemiretina superior e oclusão arterial de ramo temporal superior, secundário a neurorretinite por toxoplasmose ou bartonella. Prescrito sulfametoxazol e trimetoprima. Solicitado revisão laboratorial, cuja única alteração evidenciada foi sorologia para Bartonella henselae IgG positivo. Após 15 dias, acuidade visual mantida, melhora parcial da reação de câmara e do edema de disco óptico e redução da espessura macular central.

Conclusão

A neurorretinite relacionada a Bartonella apesar de ser considerada autolimitada, pode gerar complicações, sendo uma delas a oclusão mista de retina.

Área

Retina e Vítreo

Autores

Jéssica Pimentel Lino, Ana Luísa Rodrigues da Silveira, Darly Gomes Soares Delfino, Guilherme Francisco Santos Valentim