Dados do Trabalho


Título

MACULOPATIA FOTOTRAUMATICA CAUSADA POR LASER ESTETICO: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Alertar sobre os riscos oftalmológicos relacionados ao uso do laser de Alexandrite (755 nm) em procedimentos estéticos e a importância do uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

Relato do Caso

RLSS, 29 anos, feminino, esteticista, queixa de escotoma central em olho esquerdo (OE) após disparo acidental de aparelho de laser Alexandrite, utilizado para depilação corporal. Relatou uso inadequado de EPIs. Ao exame, apresentava acuidade visual (AV) em olho direito (OD) de 20/20 (refração: -2,00 -0,50x110) e conta dedos à 4 metros em OE (refração: -2,00 -0,25x5). À biomicroscopia, área de atrofia iriana entre 7 e 9 horas em OE. À fundoscopia, alterações sugestivas de lesão foveal em OE. O OCT evidenciou maculopatia fototraumática. Em follow up de 1 ano do trauma, foi encontrada AV de 20/400 em OE.

Conclusão

Procedimentos estéticos com laser do tipo Alexandrite são frequentes e existe o risco de lesões oculares, tais como: lesão corneana, atrofia de íris, sinequia posterior, catarata e lesão retiniana. Esta última se relaciona a alta concentração de melanina no EPR, podendo o mecanismo de lesão ser fotoquímico, fotomecânico e fototérmico. O prognóstico visual vai de perda discreta da acuidade à perda irreversível da visão, na presença de lesão foveal. A gravidade da lesão relaciona-se a duração, quantidade e o comprimento de onda do laser. Portanto, devido aos riscos inerentes a aplicação do laser, seu manuseio deve ser feito por profissionais capacitados e o uso dos EPIs são indispensáveis.

Área

Retina e Vítreo

Autores

Letícia Lima de Souza, Vanessa Waisberg, Renato Silveira Santana, Gabrielle Stephanie de Paula da Lomba, Géssica Antônia Fernandes