Dados do Trabalho


Título

SERIE DE CASOS DE RETINOTOXICIDADE POR ANTIMALARICOS EM SERVIÇO DE REFERENCIA

Objetivo

A hidroxicloroquina e a cloroquina são drogas fundamentais para o lúpus eritematoso sistêmico (LES), mas podem levar a retinotoxicidade irreversível com o uso prolongado. O quadro clássico é de maculopatia bilateral “em olho de boi”, em que ocorre lesão dos fotorreceptores parafoveais. Alterações fundoscópicas indicam doença avançada, de modo que o rastreio para prevenir dano funcional requer exames como campimetria visual computadorizada (CVC), tomografia de coerência óptica (OCT) e autofluorescência de fundo (FAF). O presente trabalho pretende relatar seis casos de maculopatia, detectados à partir do exame oftalmológico, OCT, FAF e CVC em avaliação transversal de pacientes com LES do HC-UFMG, entre 09/2021 e 09/2023.

Relato do Caso

Identificou-se seis pacientes, todas do sexo feminino, sendo um caso grave, quatro moderados e um leve. À análise multimodal, todas mostraram toxicidade detectável ao OCT (disrupção da zona elipsóide parafoveal) e padrão compatível de perda campimétrica. Entretanto, a interpretação da CVC foi limitada devido à baixa confiabilidade em quatro dos casos. No que tange à FAF, foi alterada em apenas três das pacientes. Por fim, apenas as duas pacientes com quadros mais severos mostraram o padrão em bulls eye no exame clínico. Apenas uma delas apresentou redução de acuidade visual.

Conclusão

Métodos propedêuticos mais sensíveis vem melhorando a detecção de toxicidade subclínica, mas persistem divergências quanto ao desempenho destes métodos e a combinação ideal entre eles.

Área

Retina e Vítreo

Autores

Izabela De Maria Aburachid, Pedro Henrique Marques Nogueira Lima, Áurea Ruback Bomfim, Henrique Gonçalves de Melo, Cristina Costa Duarte Lanna, Daniel Vitor de Vasconcelos Santos