Dados do Trabalho
Título
TRANSPOSIÇAO DE FENDA PALPEBRAL PARA CORREÇAO DE PTOSE PALPEBRAL SECUNDARIA A DISTROFIA MIOTONICA DE STEINERT.
Objetivo
Relatar um caso de transposição de fenda palpebral (TFP) como abordagem cirúrgica para correção de ptose palpebral secundária à distrofia miotônica de Steinert (DMS).
Relato do Caso
M. C. V. B., 59, sexo feminino, portadora de DMS, exibia quadro de ptose palpebral grave bilateral. Ao exame, apresentava fenda palpebral (FP) de 7/6 mm, distância margem-reflexo (DMR1) de 0,5 mm/tangencial, função do músculo levantador da pálpebra superior (FMLPS) de 10/9 mm e Snapback test sem retorno em ambos os olhos (AO). Optou-se pelo plano cirúrgico: TFP bilateral com blefaroplastia superior (sem retirada de músculo orbicular e cauterização de septo orbitário), correção de ptose por via posterior, tarsal strip e reposicionamento de tendão cantal medial AO. No segundo dia pós-operatório (DPO), demonstrou boa evolução com sinais esperados de edema moderado em pálpebras superiores, leve em pálpebras inferiores e boa abertura ocular. No 45 DPO, apresentou FP de 9/7,5 mm, DMR1 de 3,0/1,5 mm e FMLPS de 10/9 mm, snapback test melhorado e ceratite em faixa bilateral. Após 14 dias do início do tratamento para erosão corneana por exposição, houve resolução completa do quadro.
Conclusão
A doença de Steinert é uma condição autossômica dominante que afeta diversas funções musculares. Apresenta-se com ptose bilateral pronunciada, podendo comprometer a visão. A correção cirúrgica utilizando a técnica de TFP mostra-se uma opção eficaz no tratamento da ptose consequente, apresentando resultados anatômicos e funcionais satisfatórios.
Área
Plástica Ocular, Órbita e Vias Lacrimais
Autores
Luisa Pires Coscarelli, Luisa Pires Coscarelli, Luisa Pires Coscarelli, Arthur Amaral Nassaralla, Arthur Amaral Nassaralla, Arthur Amaral Nassaralla, Luiza Rocha Vilela, Luiza Rocha Vilela, Luiza Rocha Vilela