Dados do Trabalho

Título

TUMOR VASOPROLIFERATIVO DA RETINA PRIMARIO EM MULHER JOVEM: UM RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever caso de tumor vasoproliferativo da retina primário, destacando a importância da propedêutica complementar e diagnósticos diferenciais.

Relato do Caso

M.E.S.G, 35 anos, sexo feminino, hígida. Relato de baixa acuidade visual (BAV) progressiva há um ano no olho direito (OD) e metamorfopsias. Negava cirurgias e traumas oculares. AV corrigida 20/60 no OD e 20/20 no olho esquerdo (OE). Mapeamento de retina: lesão na extrema periferia temporal do OD, em dedo de luva, vascularizada e circundada por exsudatos. Angiofluoresceinografia: hiperfluorescência por extravasamento de contraste, delimitando lesão neovascular. Ultrassonografia ocular: lesão elevada, sólida e com contorno irregular. Descartadas causas secundárias, definiu-se o diagnóstico de tumor proliferativo primário, e indicado tratamento com crioterapia.

Conclusão

Trata-se de entidade rara, idiopática ou secundária a trauma ou patologias como uveítes, retinose pigmentar, retinopatia falciforme e da prematuridade. Há predominância em mulheres após a quinta década. Propedêutica multimodal é essencial para avaliação e diferenciação diagnóstica, sendo diferenciais importantes hemangioma de coroide, melanoma e Coats. São alternativas terapêuticas crioterapia, terapia fotodinâmica (PDT), braquiterapia e ressecção cirúrgica. Seguimento individualizado e propedêutica multimodal são de extrema importância para o adequado tratamento; permitindo, dentro do possível, um melhor prognóstico visual.