Dados do Trabalho

Título

TECNICAS MICROCIRURGICA E RESULTADOS DO TRANSPLANTE ANORETAL NO RATO

Introdução

A incontinência fecal grave é uma condição desafiadora com baixa taxas de sucesso de tratamento e a colostomia permanente é frequentemente indicada. Para esses casos, uma nova proposta terapêutica é o transplante anorretal (ATx).

Material e Método

Realizamos seis procedimentos ATx isogênicos (Lewis-to-Lewis) e nove alogênicos (Wistar-to-Lewis). O segmento anorretal foi retirado com um pedículo vascular contendo a aorta em continuidade com a artéria mesentérica inferior e a veia porta em continuidade com a veia mesentérica inferior. No receptor, o segmento anorretal nativo foi removido e o enxerto foi transplantado por anastomoses término-lateral aorta-aorta e porto-cava e anastomose colorretal término-terminal. Os receptores foram sacrificados no 30º dia de pós-operatório.

Resultados

Dois animais apesentaram óbito por erro técnico, um alogênico e outro isogênico. Os animais sobreviventes retomaram o ganho de peso corporal normal e desempenho clínico dentro de 5 dias após a cirurgia. Todos os isoenxertos e três receptores aloenxertos tiveram evolução clínica normal até o desfecho experimental. Em cinco animais com aloenxertos, sinais de rejeição imunológica (distensão abdominal, diarreia e inflamação da mucosa anal) foram observados três semanas após o transplante. A histologia revelou rejeição moderada a grave nos aloenxertos e nenhum sinal de rejeição nos isoenxertos.

Discussão e Conclusões

Descrevemos aqui um modelo viável de transplante em ratos, que pode permitir mais estudos fisiológicos e imunológicos desse procedimento que é potencial tratamento para a incontinência grave e colostomia definitiva.

Palavras Chave

anus, reto, transplante de intestino, colostomia.