Dados do Trabalho

Título

FADIGA EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE ORGAOS NA PANDEMIA DE COVID-19

Introdução

A COVID-19 levou a alterações no funcionamento das instituições de saúde e das práticas de convívio social em todo o mundo, o que pode ter favorecido o desenvolvimento de distúrbios mentais e físicos. O objetivo do estudo é avaliar a fadiga em pacientes transplantados de órgãos na pandemia de COVID-19.

Material e Método

Estudo transversal, realizado com pacientes transplantados de órgãos sólidos no Brasil. Os critérios de inclusão foram: pacientes que realizaram o transplante de órgãos há pelo menos três meses. A coleta de dados ocorreu por meio de divulgação em redes sociais e páginas da internet entre janeiro e abril de 2021, com os instrumentos: questionário de dados sociodemográficos e clínicos e o pictograma de fadiga. Os dados foram organizados após a importação das planilhas do Microsoft Excel do REDCap. A análise ocorreu por meio de estatística descritiva.

Resultados

Participaram do estudo 586 transplantados de órgãos. A idade média dos transplantados foi de 43,13 anos (DP: 19,31), em sua maioria do sexo feminino 339 (57,8%), de cor branca 338 (57,7%), com ensino superior completo 288 (49,1%) e do estado de São Paulo 257 (43,9%). Quanto ao tempo de realização do transplante 281 (47,9%) realizou o procedimento entre 1 e 5 anos. Destacam-se os transplantes de rins 364 (62,1%), fígado 149 (25,4%) e coração 33 (5,6%). Dos transplantados, 189 (32,2%) tiveram a intensidade da fadiga classificada em “um pouquinho cansado” e para 198 (33,8%) o impacto da fadiga nas atividades foi classificada em “Faço quase tudo”.

Discussão e Conclusões

Nota-se que os estressores provenientes do momento pandêmico, devido ao medo de contaminação, isolamento social e a mudança no acesso aos serviços de saúde levaram a um leve aumento na fadigada dos pacientes transplantados de órgãos.

Palavras Chave

COVID-19, Transplante de Órgãos, Fadiga, Enfermagem.