Dados do Trabalho

Título

LESAO DE PELVE COMPLEXA POS TRANSPLANTE RENAL: O LIMITE ENTRE A ENXERTECTOMIA E O TRATAMENTO CONSERVADOR, UM RELATO DE CASO

Introdução

Ao longo dos últimos anos, as técnicas cirúrgicas relacionadas ao transplante renal, principalmente referente às anastomoses vasculares, possibilitaram um aumento expressivo no número de rins transplantados bem como no sucesso dos procedimentos. Contudo, o transplante renal ainda é caracterizado como ato cirúrgico complexo, que exige formação especializada adequada com longo tempo de treinamento. Desde os primeiros transplantes renais, as complicações cirúrgicas permanecem como importante causa de morbidade, resultando, ocasionalmente, até mesmo em perda do enxerto e morte. As complicações urológicas e vasculares figuram entre as mais comuns.

Relato do Caso

Relatamos o caso de um paciente de 55 anos, transplantado de doador falecido em Janeiro de 2023, reinternado 15 dias após procedimento devido a piora da função renal e anúria. Exames de imagem evidenciaram fístula urinária por provável deiscência de anastomose vesicoureteral (paciente com histórico de ureter curto).

Resultados

O paciente foi abordado por 4 vezes para correção das complicações evidenciadas, com reimplante ureteral, síntese da fístula, nefrostomia descompressiva e drenagem de abscesso, com intenção de preservação do enxerto.

Discussão e Conclusões

Vários fatores estão envolvidos nas taxas de complicações cirúrgicas. Os desfechos cirúrgicos não necessariamente estão relacionados apenas às técnicas utilizadas mas também à seleção do doador e receptor, aos protocolos de imunossupressão utilizados e aos cuidados pós operatórios. Dessa forma, é necessário que a equipe cirúrgica esteja alinhada à equipe clínica quanto às decisões, de modo a tentar preservar o enxerto e manter o paciente em boa condição clínica.

Palavras Chave

Enxertectomia, Transplante de rim,